Por Redação O Sul | 12 de março de 2016
Considerado um dos melhores jogadores de futebol do mundo, o português Cristiano Ronaldo recorreu a um teste genético para fazer uma dieta personalizada e, assim, conseguir prolongar a carreira.
A partir dos resultados do exame, o ídolo do Real Madrid está seguindo um programa alimentar prescrito especialmente para as características do seu DNA. O método, moda entre celebridades, permite a obtenção dos melhores resultados possíveis não só para quem quer emagrecer ou ganhar massa magra, mas para pessoas que precisam mudar o cardápio em função do tratamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
Perda de peso.
No caso de CR7, a meta é perder 1 quilo por ano e reduzir a massa muscular, para manter a velocidade e a explosão em campo. “No esporte de alto rendimento, quanto maior o peso do atleta, mais se traumatiza as articulações. Por isso, a intenção do jogador é fazer uma dieta que o permita diminuir a carga do corpo, sem perder a disposição”, explica o endocrinologista Tércio Rocha. De acordo com o médico, em situações como essa, testes genéticos indicam adequadamente a proporção de massa magra e gordura a ser perdida, de forma que o atleta consiga ficar mais leve sem prejuízos ao arranque e à resistência.
O jogador do Real Madrid decidiu adotar a nova dieta desde que completou 30 anos, em fevereiro de 2015. Desde então, ele já teria reduzido em 2 quilos o seu peso, passando dos 80 quilos, que teve durante a maior parte da carreira, para 78 quilos.
Segundo a nutricionista Fernanda Faustino Ribeiro, no tratamento de doenças, a prescrição de dietas a partir da análise do DNA proporciona melhoras no metabolismo. “Muitas vezes, pacientes diabéticos ou obesos, por exemplo, chegam ao consultório com uma alimentação muito restrita, sem carboidratos, e bastante fracos, sem disposição. Se tivessem realizado um teste genético, certamente não precisariam ter uma dieta tão rígida”, frisa.
Juventude conservada.
A dieta do atacante português seria baseada fortemente no consumo de frutas e associada a uma mudança no regime de treinos físicos. Essa dedicação estaria dando resultados. Um teste já teria mostrado que o jogador tem uma avaliação genética de uma pessoa de 27 anos e não de 31, sua idade real. “Contam-se nos dedos da mão os jogadores que ficaram vários anos no topo como eu, seis, sete, oito, nove, dez anos. Me sinto um privilegiado por estar nesse nível”, declarou Cristiano Ronaldo, em entrevista recente.
Caso ele consiga manter seu físico como planejado, a expectativa é de continuar atuando em alto nível até os 35 anos, um feito raro para atletas que têm sua atuação baseada principalmente na velocidade.
