Sexta-feira, 08 de agosto de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Saúde Conselho Federal de Farmácia procura senadores sobre venda de remédio sem receita em supermercado

Compartilhe esta notícia:

A proposta opõe o setor de supermercados e o Ministério da Saúde.

Foto: Arquivo/Agência Brasil
A proposta opõe o setor de supermercados e o Ministério da Saúde. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) enviou a senadores uma série de pedidos sobre o projeto de lei que prevê a venda de remédios sem receita em supermercados. A entidade defendeu que as farmácias fiquem em uma área separada dentro dos supermercados, cumpram todas as regras das demais drogarias e não funcionem em pequenos estabelecimentos.

A proposta, que ganhou tração nos últimos meses, opõe o setor de supermercados e o Ministério da Saúde. O texto tem sido discutido na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e foi apresentado em 2023 pelo senador Efraim Filho (União-PB).

No documento enviado aos parlamentares nos últimos dias, o CFF pediu que as farmácias dentro de supermercados tenham uma estrutura física “própria e isolada”, com todas as “condições de temperatura, umidade, ventilação e iluminação” exigidas em lei. Essa área, supervisionada por farmacêuticos, não pode ser confundida pelo consumidor com o restante do mercado, segundo o conselho.

Para evitar que as drogarias funcionem em pequenos mercados ou lojas de conveniência, a entidade defendeu que as farmácias não ocupem uma área maior do que 20% do estabelecimento.

O senador Efraim Filho (União-PB), autor da proposta, afirmou que as mudanças vão deixar o setor farmacêutico mais competitivo. “A população já pode comprar remédios sem prescrição pela internet. O projeto busca reduzir o preço desses medicamentos ao aumentar a concorrência”.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) tem citado aos senadores uma pesquisa ainda inédita do Datafolha, que apontaria que 64% dos brasileiros defendem a medida, que vigorou no País apenas em 1994, durante o governo Itamar Franco.

Um documento do Ministério da Saúde afirmou que a venda de remédios em supermercados traz risco à saúde individual e coletiva.

“A proposta pode resultar em aumento nos gastos em saúde pública decorrente de intervenções e agravos originados pelo uso e armazenamento inadequado desses medicamentos”, afirmou a pasta.

Em um vídeo publicado pelo médico Drauzio Varella e pela Associação Brasileira das Redes de Farmácias, o oncologista afirmou que a venda de remédios sem receita em supermercados tende a aumentar o número de mortes por envenenamento no Brasil.

Dois em cada três brasileiros (64%) apoiam a volta da venda de medicamentos isentos de prescrição médica (MIPs) em supermercados, prática que vigorou no país em 1994 e 1995, segundo pesquisa do Datafolha, encomendada pela Abras.

O levantamento foi realizado entre os dias 8 e 11 de abril com 2.002 entrevistas presenciais, em amostra representativa da população brasileira, e mostrou que 73% dos entrevistados acreditam que a medida traria mais praticidade. Para 74%, a venda em mercados evitaria a necessidade de manter estoques em casa. Além disso, 63% avaliam que a proibição prejudica o consumidor.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Saúde

Desembargador declarou à Receita apartamento de alto padrão por valor 43 vezes menor
Aulas são canceladas em Estância Velha e Novo Hamburgo por ameaça a escolas
https://www.osul.com.br/conselho-federal-de-farmacia-procura-senadores-sobre-venda-de-remedio-sem-receita-em-supermercado/ Conselho Federal de Farmácia procura senadores sobre venda de remédio sem receita em supermercado 2025-08-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar