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Geral Convidado para ser ministro da Educação, Renato Feder reage nas redes sociais após ser bombardeado por evangélicos

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Renato Feder é secretário de educação do Paraná. (Foto: Reprodução)

Convidado na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Educação (MEC), de acordo com fontes do próprio ministério, o secretário estadual de Educação do Paraná, Renato Feder, usou as redes sociais neste domingo (5) para defender sua imagem das críticas que vem recebendo desde que seu nome foi ventilado. O convite provocou reação negativa em vários núcleos do governo, principalmente na ala evangélica, que reivindicou diretamente ao presidente que voltasse atrás. Após resistências, Bolsonaro avisou a alguns parlamentares que o nome de Feder está “fora”.

Neste domingo, Renato Feder postou no Twitter que gostaria de ser avaliado pelo que “pensa e faz hoje, como gestor público, ao invés de um livro escrito há quinze anos”. “Escrevi um livro quando tinha 26 anos de idade. Hoje, mais maduro e experiente, mudei de opinião sobre as ideias contidas nele… Acredito que todos podem e devem evoluir em relação ao que pensavam na juventude. Gostaria de ser avaliado pelo que eu penso e faço hoje, como um gestor público, ao invés de um livro escrito quinze anos atrás…”, escreveu na rede social.

Ele se refere ao livro “Carregando o Elefante – Como transformar o Brasil no país mais rico do mundo”, que escreveu em 2007 com Alexandre Ostrowiecki. Nele, Feder defendeu a proposta de utilizar “vouchers”, ou seja, financiar a educação dos estudantes em escolas privadas. Na publicação, também questionou se o Estado era de fato o ente ideal para conduzir a administração de escolas.

Bolsonaro avisou a parlamentares que pretende rever os nomes cotados para o Ministério da Educação nesta segunda-feira. A decisão sobre quem deve assumir a pasta é esperada para a próxima semana. Uma parte do grupo militar no governo com interface com os evangélicos tenta emplacar Anderson Correia, ex-presidente da Capes e atual reitor do ITA, para o cargo. Outros nomes que ganharam fôlego são de Sérgio Sant’Ana, ex-assessor do próprio Weintraub; e de Ilona Becskeházy, atual secretária de Educação Básica do MEC.

Feder também foi alvo de duas denúncias do Ministério Público sob acusação de sonegação fiscal de uma empresa da qual é sócio, a Multilaser, em um total de R$ 22 milhões. O secretário foi denunciado tanto pelo MP do Rio como pelo MP de São Paulo pois a Multilaser não teria recolhido os valores devidos de ICMS para os cofres públicos desses estados.

O secretário estadual de Educação do Paraná afirmou não ser vinculado a qualquer instituição educacional privada ou ONG e disse que deixou a Multilaser em 2018 para se dedicar à educação pública. “Assumi a Multilaser com 150 colaboradores e hoje ela tem cerca de 3.000 funcionários, tornando-se uma das trezentas maiores empresas do Brasil. Em 2018, saí da operação da empresa para me dedicar à educação pública. Paralelo a isso, trabalho com educação há 20 anos, como professor de matemática, economia e diretor de escola filantrópica”.

Considerado um perfil técnico, Feder era um nome bem visto pelo Centrão antes mesmo da indicação de Carlos Decotelli, que ficou apenas cinco dias no comando do MEC e teve sua nomeação suspensa após inconsistências em seu currículo. Um dos articuladores da indicação de Feder é o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), empossado recentemente, também é filiado ao PSD. Além do apoio de partidos da base aliada do presidente, Feder também tem o apoio de parte do empresariado. Mas sua proximidade com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), gerou resistências. Em 2016, Feder financiou a candidatura à prefeitura de Doria na capital paulista, doando R$ 120 mil à campanha do tucano.

No Twitter, Feder também negou que tenha havido divulgação de livros com ideologia de gênero no Paraná. “Não existe nenhum material com esse conteúdo aprovado ou distribuído pela secretaria”. Em outro post, afirmou não ser filiado a partidos políticos. “Não sou, nem nunca fui filiado a partido político, mas respeito a política como instituição legítima de discussão e resolução das questões da sociedade. Sou a favor de uma educação que coloca alunos e professores no centro do processo. Um ensino que foca no aprendizado, no domínio da matemática, português e demais disciplinas.” As informações são do jornal O Globo.

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