Domingo, 19 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2017
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne nesta quarta-feira (22) e deve promover a quarta redução seguida na taxa básica de juros da economia, a Selic, segundo a expectativa do mercado financeiro e indicações da própria autoridade monetária.
A aposta da maior parte dos economistas dos bancos é de um novo corte de 0,75 ponto percentual, o que levaria a Selic, atualmente em 13% ao ano, para 12,25% ao ano. Mas há analistas prevendo uma redução maior: de um ponto percentual, para 12% ao ano. A decisão será anunciada após as 18h desta quarta.
No fim de janeiro, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, indicou que o ritmo de corte de juros, de 0,75 ponto percentual, implementado na reunião do Copom de janeiro, seria mantido neste mês. Nas últimas semanas, porém, a inflação e as expectativas do mercado recuaram mais fortemente e, por isso, alguns analistas passaram a prever uma redução maior na Selic nesta semana.
Independente de cair para 12,25% ou 12% ao ano, os juros chegariam ao menor patamar desde o início de 2015 – quando estavam em 11,75% ao ano –, ou seja, em dois anos. Os analistas preveem que o Copom continuará a reduzir a Selic nos próximos meses e que a taxa chegará a 9,5% ao fim de 2017.
Sistema de metas
O Banco Central reduz os juros quando julga que as estimativas de inflação, para os próximos anos, estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
Juros mais baixos, por sua vez, podem ajudar a estimular a economia brasileira, que passa por um período de fraco nível de atividade e alta do desemprego, além de resultar em uma despesa menor com os juros da dívida pública. A prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do BC indica uma retração de 4,3% no PIB em 2016, o que, se confirmado, será o maior tombo em 26 anos.
Por conta do cenário de recessão na economia, a inflação está em queda livre. Depois de somar 10,67% em 2015 e 6,29% no ano passado, a previsão dos economistas é de que o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) caia para 4,43% em 2017, abaixo da meta central de 4,5% fixada para o ano. (AG)