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Literatura Corpo de Ziraldo é enterrado sob aplausos no Rio

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Cartunista e desenhista morreu aos 91 anos, na tarde de sábado (6).

Foto: Reprodução
Cartunista e desenhista morreu aos 91 anos, na tarde de sábado (6). (Foto: Reprodução)

O corpo do desenhista e escritor Ziraldo foi enterrado na tarde deste domingo (7) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

O desenhista morreu aos 91 anos em casa, dormindo, de causas naturais. O velório, aberto ao público, ocorreu entre a manhã e a tarde no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, com a presença de fãs, amigos, parentes, autoridades e artistas.

Ziraldo também foi homenageado neste domingo, no Maracanã, no jogo entre Flamengo, seu time de coração, e Nova Iguaçu, pela final do Campeonato Carioca. O rubro-negro entrou com um desenho do Menino Maluquinho na faixa de capitão da equipe.

A cineasta Daniela Thomas, filha de Ziraldo, conta que um de seus maiores orgulhos é o trabalho do pai ter atravessado gerações. “Meu pai é uma pessoa cuja obra tem uma grande conexão com as pessoas. Naquelas filas enormes das bienais vinham o avô, o filho e o neto e, às vezes, o bisneto. Todos com um livro esmagado, lido, usado. E isso é lindo.”

Fabrizia Pinto, filha de Ziraldo, destacou a importância do desenhista na luta contra a ditadura militar. “Ele é uma das pessoas que salvou o Brasil da ditadura. Ele ficou no Brasil para lutar com a pena. Com papel, com ideias pequenas e pérolas. Uma pessoa como essa não vai embora”, disse a filha.

Quem também lembrou a luta contra a ditadura foi o ator Antônio Pitanga.

“Aquele menino que pintou o Brasil, que fez gerações rirem, esse era o Ziraldo. No AI-5, a gente, em pleno Natal, o Exército chegou lá, a polícia, o soldado, o tenente, para prender o Ziraldo. Quando ele chegou na porta e viu a família, ele olhou para o Ziraldo, em pleno 68, e disse ‘Termine de cear com a sua família, que nós esperamos você lá embaixo, para levar para o Forte para o Copacabana. Isso é o Ziraldo. E está partindo com brilho, com luz, com bondade”, destacou o ator.

Carreira

Iniciou a carreira nos anos 1950, na revista “Era uma vez…”. Em 1954, passou a fazer uma página de humor no mesmo “A Folha de Minas” em que havia estreado.

Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No mesmo ano, entrou para o time das revistas “A Cigarra” e, depois, “O Cruzeiro”. Em 1958, casou-se com Vilma Gontijo, sua namorada havia sete anos. Tiveram três filhos, Daniela, Fabrizia e Antônio.

Já na década seguinte, destacou-se por trabalhar também no “Jornal do Brasil”. Assim como em “O Cruzeiro”, publicou charges políticas e cartuns. São dessa época os personagens Jeremias, o Bom, Supermãe e Mineirinho.

No período, pôde enfim realizar um “sonho infantil”. Ele se tornou autor de histórias em quadrinhos e publicou a primeira revista brasileira do gênero com um só autor, sobre a “Turma do Pererê”.

universo folclórico brasileiro, como a onça, o jabuti, o tatu, o coelho e a coruja.

A revista deixou de ser publicada em 1964, a partir do início do regime militar. Cinco anos mais tarde, Ziraldo fundou, com outros humoristas, “O Pasquim”.

Com textos ácidos, ilustrações debochadas e personagens inesquecíveis, como o Graúna, os Fradins ou o Ubaldo, o semanário entrou na luta pela democracia.

Seu maior sucesso, “O Menino Maluquinho”, saiu em 1980. É considerado um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro em todos os tempos.

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