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Saúde Covid: saiba por que médicos recomendam atendimento precoce e não tratamento precoce

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Sintomas de covid costumam aparecer depois de cerca de três dias do contato com alguém infectado. (Foto: Divulgação/Pfizer)

Houve uma época em que o termo “tratamento precoce” era corriqueiro na medicina. Podia se referir à intervenção depressa em um caso de câncer, por exemplo, ou à medicação para um transtorno mental após uma pronta identificação.

Durante a pandemia de covid-19 no Brasil, no entanto, a expressão foi politizada. Virou outra coisa. E também se tornou um elemento central na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, com dois ex-ministros da Saúde relatando terem sofrido pressão do presidente Jair Bolsonaro para que o Ministério da Saúde defendesse o “tratamento precoce”.

Alguns médicos e o próprio presidente adotaram o termo para definir um protocolo com medicamentos ineficazes ou sem eficácia comprovada para a covid, fazendo crer que existe um tratamento farmacológico para casos leves da doença. Se usados antes mesmo da doença ou no seu início, dizem seus defensores, esses medicamentos poderiam impedir o contágio ou formas graves da covid.

Mas médicos, cientistas e entidades sanitárias como a Organização Mundial da Saúde, amparados em estudos robustos, esclarecem que por ora não há opções para tratamentos profiláticos ou que, se aplicados no início dos sintomas, possam impedir o desenvolvimento de formas graves da covid-19.

Atendimento precoce

Por enquanto, nenhum tratamento farmacológico se mostrou eficaz em casos leves de coronavírus. “Não existe tratamento precoce, nem tratamento preventivo. O que existe é o acompanhamento ou o atendimento precoce”, diz Patrícia Canto Ribeiro, pneumologista da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

“O termo ‘tratamento precoce’ foi estigmatizado”, opina o pneumologista Mauro Gomes, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e chefe de equipe de pneumologia do Hospital Samaritano.

“Eu até entendo que no início do ano passado se tinha a perspectiva de que houvesse algum tratamento precoce que pudesse trazer benefício para a covid. Como já se mostrou que não é viável, não vejo como utilizar esse termo.”

O que fazer?

Em primeiro lugar, dizem os especialistas, é preciso fazer o diagnóstico. Teve sintomas? Procure o posto de saúde mais próximo para receber um diagnóstico e confirmar que se trata de covid. É preciso sempre usar máscara e manter distância de outras pessoas. Adotar o isolamento, mesmo enquanto não sai o diagnóstico, é importante para não contaminar outras pessoas.

Sintomas comuns da covid-19 são: febre, tosse, dor de garganta e/ou coriza, perda de olfato ou paladar, dor de cabeça, cansaço e falta de ar.

A partir do diagnóstico precoce, o paciente poderá ter também uma avaliação e acompanhamento precoces.

Esse monitoramento desde o início dos sintomas é importante para ter um acompanhamento especializado da evolução dos sintomas, com consultas e exames.

Além disso, diz Ribeiro, a avaliação logo no diagnóstico permitirá que o profissional de saúde avalie se o paciente tem fatores de risco, se não precisa de alguma intervenção médica farmacológica por conta de alguma comorbidade, por exemplo. Com informações da BBC.

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https://www.osul.com.br/covid-saiba-por-que-medicos-recomendam-atendimento-precoce-e-nao-tratamento-precoce/ Covid: saiba por que médicos recomendam atendimento precoce e não tratamento precoce 2021-05-15
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