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Saúde Crescem os índices de AVC e insuficiência cardíaca em homens de até 40 anos

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No Brasil, os episódios de infarto entre adultos com até 30 anos subiram 13%. (Foto: Reprodução)

Diagnósticos normalmente incomuns entre pessoas mais jovens, os acidentes vasculares cerebrais (AVC) e a insuficiência cardíaca têm tido registros aumentados em homens de até 40 anos. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Entre as causas estão obesidade e baixa aptidão física na adolescência.

Publicado no Journal of Internal Medicine, o estudo apresenta dados de 1,2 milhões de homens que se alistaram no serviço militar da Suécia com idade média de 18,3 anos, entre 1971 e 1995. Desde o alistamento, esses homens passaram a ser monitorados até 2016. Os critérios de análise incluíram peso, altura e aptidão física. Esses parâmetros foram cruzados com o registro nacional de pacientes e o registro de causas de morte do Conselho Nacional de Saúde e Bem-Estar do país.

Participantes com índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 30 no momento do alistamento, ou seja, considerados com sobrepeso, aumentaram de 6,6% para 11,2% entre 1971 e 1995. Já a proporção de homens considerados obesos (IMC acima de 30) subiu de 1% para 2,6% no mesmo período. Observou-se, também, que o nível de aptidão física dos alistados diminuiu ligeiramente de um ano para outro nesse mesmo intervalo.

David Aberg, professor da Academia Sahlgrenska, a faculdade de Medicina da Universidade de Gotemburgo, e médico do hospital da instituição, é um dos principais autores do estudo. Segundo Aberg, “esses fatores – ou seja, sobrepeso, obesidade e baixo condicionamento físico – explicam, em parte, o grande crescimento da insuficiência cardíaca que observamos, e também o aumento do número de AVCs”.

Ainda de acordo com o especialista, os casos de insuficiência cardíaca, em 21 anos após o alistamento, subiram 69% na comparação entre os homens recrutados entre 1971 e 1975 e aqueles que ingressaram entre 1991 e 1995.

Em relação aos casos de AVC (infarto cerebral e hemorragia cerebral) a tendência observada foi a mesma: os infartos cresceram 32% e as hemorragias subiram 20% na análise comparativa entre os dois cortes de tempo (1971-1975 e 1991-1995).

Doenças do coração

Em contrapartida, dados positivos também foram notados nesse estudo. Ataques cardíacos caíram 43% em comparação entre o primeiro e o segundo corte de períodos. Já as mortes por todas as doenças cardiovasculares registraram queda de 50%.

O fato de que as tendências das doenças cardiovasculares se movem em direções diferentes ao longo do tempo sugere que outros fatores aliados também estão envolvidos. De acordo com os pesquisadores, as propensões de peso pós-alistamento podem ser um desses fatores, mas o estresse e o uso de drogas não devem ser descartados. Especialmente em relação a ataques cardíacos, os estudiosos acreditam que uma diminuição acentuada no tabagismo esteja por trás do declínio do índice.

Não fosse o sobrepeso e a obesidade, esses números seriam ainda mais animadores. “Vemos que os ataques cardíacos teriam diminuído ainda mais se não fosse pelo aumento do sobrepeso e da obesidade. Nossos resultados, portanto, fornecem um forte apoio para pensar que a obesidade e, até certo ponto, a baixa aptidão física aos 18 anos afetam as doenças cardiovasculares de início precoce”, afirmou Aberg.

“Portanto, é importante tentar praticar mais atividade física e já ter estabelecido bons hábitos alimentares na adolescência, sendo menos sedentário desde cedo”, orientou.

Morte por infarto em jovens 

Segundo o Ministério da Saúde, desde 2013, os episódios de infarto entre adultos com até 30 anos subiram 13%. Isso está diretamente relacionado ao aumento de hábitos não saudáveis entre pessoas nessa faixa etária.

O problema é que, nos jovens, o infarto do miocárdio costuma ser fulminante. Isso porque as placas de gordura mais novas oferecem maior risco. A placa “mole” racha com facilidade e faz com que a artéria fique obstruída pelos coágulos de sangue. O entupimento leva ao infarto mais facilmente, quase impossibilitando as chances de salvamento.

Sintomas de infarto nos mais novos também diferem dos observados nos idosos: dor no peito irradiando para os braços, sudorese fria, mal-estar, náuseas e vômitos.

Hábitos como má alimentação, sedentarismo, tabagismo, uso de drogas e estresse, aliados a colesterol elevado e obesidade, são os principais causadores de ataques cardíacos entre jovens abaixo dos 40 anos.

Abandonar tais práticas prejudiciais, praticar exercícios físicos constantemente, primar pela qualidade do sono e se alimentar direito, são algumas formas de prevenção.

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