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Economia Criminosos perceberam que o telefone celular é uma “janela” para invasão de contas

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Golpes via engenharia social ocorrem quando um criminoso usa influência e persuasão para enganar e manipular pessoas e obter senhas de acesso. (Foto: Reprodução)

Os criminosos perceberam que o telefone celular é uma “janela” fundamental para a vida digital das pessoas: os dispositivos não apenas carregam os apps mais usados, mas também são peça fundamental na linha para a confirmação de operações financeiras. É o celular que o consumidor recebe mensagens SMS, e-mails e mensagens de confirmação que costumam dar acesso a serviços e transações. Fabiana Saenz, da Zetta (associação que reúne os bancos digitais nacionais), admite que o roubo físico de aparelhos dificulta a ação das instituições financeiras.

A situação é complexa, e os bancos têm optado por classificar a questão como uma questão de segurança pública. Embora digam que façam investimentos em áreas como biometria, inteligência artificial e análise comportamental, as instituições atribuem a epidemia das fraudes a um “problema de segurança pública” e à baixa educação digital das pessoas, o que teria sido agravado com a expansão da base de usuários. “A maioria das fraudes ocorre por meio de engenharia social”, diz Bruno Magrani, diretor de relações institucionais do Nubank.

As iniciativas das instituições são variadas: o C6 diz que faz uso reconhecimento facial próprio para validar as operações. O Nubank afirma possuir biometria para prova de vida e inteligência artificial para fazer a validação dos riscos das transações, numa tentativa de predizer o comportamento dos usuários. Apesar disso, repercutiu nas redes sociais um caso de um cliente do Nubank que diz ter perdido R$ 140 mil após ter tido o celular roubado. Sobre o caso, a companhia diz: “Este caso foi resolvido e o cliente, ressarcido. Visando a melhoria contínua de serviços e processos, a empresa trabalha desde o dia 1 no desenvolvimento de tecnologias que garantam a integridade e a segurança de clientes e ativos”.

“O setor bancário brasileiro é referência mundial em cibersegurança. Até por isso, frequentemente os fraudadores focam seus esforços sobre os usuários finais, que, por desconhecimento dos riscos, são frequentemente o vetor mais vulnerável. Nesse contexto, a educação e conscientização dos clientes são extremamente importantes para mudar o cenário atual de fraudes”, afirma Thiago Garrides, diretor de riscos do banco Inter.

Isso, porém, parece não ter sido suficiente para combater as ações de criminosos. No primeiro semestre deste ano, o Nubank ficou em primeiro no ranking de reclamações de invasões bancárias do site ReclameAqui, com 299 queixas. MercadoPago (270) e PicPay (128) completam o “top 3″. Sobre o ranking, o Nubank diz: “A metodologia do ReclameAqui não leva em conta o número total de clientes ativos. O Nubank é a fintech com menos reclamações junto ao Banco Central, de acordo com o ranking do regulador, que leva em consideração 15 instituições bancárias tradicionais e principais fintechs”.

O discurso sobre o tema se repete entre os grandes bancos. Todas as principais instituições financeiras do País – Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica federal e Santander – não quiseram dar entrevistas, limitando-se a divulgar notas ressaltando que estão atentas à segurança do cliente, com opções como senhas numéricas, leitura facial, biometria e dupla autenticação.

Procurada, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) disse que está “atenta aos problemas de segurança pública e seus reflexos nas transações bancárias e na segurança de seus clientes”. A entidade declarou que os bancos associados têm seguido a instrução normativa do Banco Central sobre os limites transacionais de Pix via celular.

“A Febraban incentiva que os clientes utilizem esta funcionalidade em seus aplicativos para ajustar os limites de acordo com suas necessidades e segurança”. Sobre a orientação da entidade, um levantamento do banco digital C6 também aponta que 72% dos usuários conhecem a funcionalidade que limita os valores de transações via Pix, contudo, só 32% do público já configurou essa ferramenta nos serviços bancários.

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https://www.osul.com.br/criminosos-perceberam-que-o-telefone-celular-e-uma-janela-para-invasao-de-contas/ Criminosos perceberam que o telefone celular é uma “janela” para invasão de contas 2022-08-07
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