Quinta-feira, 12 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 13 de julho de 2022
O Conselho Europeu aprovou formalmente o ingresso da Croácia na zona do euro no ano que vem. Com a decisão, o país se tornará o 20° integrante da união monetária em 1º de janeiro de 2023, após ter implementado uma série de reformas para fortalecer a economia.
A moeda comum europeia será introduzida a partir de uma taxa de conversão de 7,53450 kunas croatas para um euro.
A entrada do país havia sido recomenda pelos membros do bloco da divisa comum no mês passado, depois de uma avaliação positiva da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu.
“Adotar o euro não é uma corrida, mas uma decisão política responsável. A Croácia cumpriu com sucesso todos os critérios econômicos exigidos e pagará em euros a partir de 1 de janeiro de 2023”, afirmou o ministro das Finanças da República Tcheca, Zbynek Stanjura, que exerce a presidência rotativa do Conselho.
Desvalorização
O euro caiu abaixo da paridade em relação ao dólar nesta quarta-feira (13) pela primeira vez em quase duas décadas, segundo a agência de notícias Reuters. A queda para abaixo da paridade aconteceu depois do anúncio de mais dados fortes de inflação nos Estados Unidos.
A possibilidade de o Federal Reserve (BC dos EUA) aumentar a taxa de juros e a crescente preocupação com o aumento dos riscos de recessão na zona do euro continuam a pressionar a moeda única.
O euro chegou a ser negociado a US$ 0,998, queda de 0,4% no dia, nível mais baixo desde dezembro de 2002.
De acordo com a agência de notícia Reuters, a moeda única perdeu mais de 10% até agora neste ano contra um dólar em alta.
Na terça-feira (12), o euro alcançou pela primeira vez a paridade com o dólar desde 2002, ano em que começou a circular a moeda europeia.
A desvalorização da moeda europeia frente à norte-americana vem sendo acentuada por conta de preocupações de que uma crise de energia levará a Europa a uma recessão.
Ao mesmo tempo, a moeda dos EUA segue valorizando pelas expectativas de que o Federal Reserve aumentará as taxas de juros mais rapidamente que o esperado.
Inflação americana
A inflação ao consumidor nos Estados Unidos acelerou em junho, uma vez que os preços da gasolina e dos alimentos permaneceram elevados, resultando na maior taxa anual em 40 anos e meio e consolidando as expectativas de que o Fed aumente os juros em 0,75 ponto percentual no final deste mês.
Nos 12 meses até junho, os preços ao consumidor saltaram 9,1%, de 8,6% em maio. Este foi o maior avanço desde novembro de 1981.
Os preços ao consumidor estão subindo em meio a problemas nas cadeias de fornecimento globais e estímulos fiscais maciços do governo adotados no início da pandemia da covid.
A guerra em curso na Ucrânia, que causou um pico nos preços globais de alimentos e combustíveis, agravou a situação.