Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2021
Férias, verão e praia são sinônimos de descanso, certo? Mas será que os pais conseguem relaxar com a criançada? No calor do verão, ninguém quer ficar fora da água, principalmente as crianças. Porém, basta um piscar de olhos para elas sumirem da visão dos responsáveis. Por esse motivo os pais devem ter muita atenção, já que os acidentes de mergulho podem acontecer mesmo em água rasa.
“O primeiro é o perigo que a água oferece. Em contato com o pulmão, a água compromete a respiração e pode ser letal. Estamos falando de qualquer água. Então, uma piscina, banheira e até um tanque também são perigosos dependendo da condição do indivíduo que estará neste ambiente”, explicou o Major do Corpo de Bombeiros Militar, Isandré Antunes.
Além do mar, também é preciso ter cuidado ao entrar em rios, lagos, barragens, córregos, poços, pois são águas que não possuem controle. Cada um desses cenários possui sua própria dinâmica. “É impossível controlar todos esses ambientes. É aí que entra a educação. O ambiente já é perigoso, então é preciso aprender sobre ele e adotar um comportamento seguro. Assim, de todas as variáveis que envolvem o afogamento, o comportamento é o único moldável. Se as pessoas não adotarem um comportamento moderado e cometerem excessos, os exageros nesses ambientes potencializa os riscos e o resultado é o afogamento”, destacou Antunes.
Para diminuir o número de afogamentos, os guarda-vidas recomendam que os banhistas observem as sinalizações que eles colocam, como, por exemplo, a condição do mar através das bandeiras verde, amarela e vermelha, bem como as sinalizações nas faixas de areia que delimitam a caixa de banho e identificam os locais de risco.
“Quando o guarda-vidas não estiver presente, a única alternativa é diminuir o tempo resposta do socorro, pois aí já temos uma emergência. É nesse momento em que entram em ação a performance do profissional, agregado a tecnologia, nadadeiras, pranchas de salvamento, motoaquáticas, tudo para chegar e sair mais rápido com a vítima em menor grau de afogamento. Um afogamento ocorre muito rápido, de 10 segundos a 1 minuto e meio”, afirmou o Major do Corpo de Bombeiros Militar.
É importante que os veranistas entendam que a beira de praia não é um local onde vale tudo. Os responsáveis não podem se eximir de cuidar do filho. É preciso respeitar limites, os próprios e os espaços mesmo que não haja alguém cobrando isso o tempo todo.
“No mar, o Guarda-vidas está ali para tutela da vida, oferecer a proteção específica. Não se confunda com um cuidador personal, existem mais pessoas que precisam da atenção. Então ele irá indicar e orientar, mas a população deve fazer a sua parte de forma responsável. Cada apito de alerta requisita o olhar e atenção para um local onde alguém está se colocando em risco. Nesse momento, entenda: você está mobilizando o serviço mesmo de forma não intencional”, finalizou Antunes.