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Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2015
Se, na Câmara dos Deputados, o apoio do PMDB ao Palácio do Planalto parece ainda menor, no Senado, a cúpula do partido decidiu fechar com a presidenta Dilma Rousseff. Em reunião reservada na noite de segunda-feira, com a presença de caciques como Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney, ficou acertado que o grupo ajudaria o governo a manter o Congresso trabalhando nas férias.
Após o encontro, Dilma foi avisada de que a carta do vice-presidente Michel Temer seria tratada publicamente como vendeta pessoal. Duas das opções para manter o Legislativo aberto em janeiro foram consideradas viáveis na reunião do PMDB: aplicar a Lei 1.079, que prevê a convocação do Congresso por um terço da Câmara ou do Senado para continuar discutindo o processo de impeachment, ou, simplesmente, não votar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Votação
Os 199 votos a favor de Dilma mostraram que é estreita a margem do governo para evitar a deposição. Mas o placar sinalizou que o jogo do impeachment ainda está em aberto. O Planalto foi traído por pelo menos 30 parlamentares.
Antes da votação, contabilizava que 230 votos era o número máximo que conseguiria atingir – e o mínimo para ter mais segurança na condução do processo. Até parlamentares do PMDB inscritos na chapa governista festejaram a vitória dos rivais. (Folhapress)