Futebol Daniel Alves tem contas bloqueadas por causa de dívida em banco, mas é salvo por depósito milionário de clube paulista
Por Redação O Sul | 14 de abril de 2024
O ex-lateral da Seleção Brasileira Daniel Alves, em liberdade provisória mesmo condenado pelo estupro de uma jovem em boate na Espanha, está enfrentando um processo relativo a dívida de sua empresa “FanFive Publicidade” com o Banco Safra.
Segundo informações do portal UOL, ele deve R$ 550 mil à instituição, que recorreu à Justiça para receber o valor. Daniel chegou a ter suas contas bloqueadas, mas foram encontrados R$ 77 mil, quantia insuficiente para quitar suas pendências.
Em meio ao processo, o ex-jogador, que aparenta estar muito abatido e magro após o período de prisão, recebeu um depósito de R$ 1 milhão do São Paulo Futebol Clube, que certamente foi responsável por “salvá-lo” de mais uma enrascada judicial. O valor, embora absurdo, refere-se a um acordo entre o então atleta a o clube.
Entenda
A notícia do depósito do São Paulo pegou muita gente de surpresa, mas tem um motivo definido por trás e envolve a contratação de Daniel Alves em 2019, quando ele deixou a Espanha após vários anos de atuação no país europeu.
De acordo com o portal iG, a contratação de Dani Alves pelo São Paulo foi encerrada antes do previsto, o que acarretou em uma rescisão milionária de R$ 50 milhões a ser paga pelo clube paulista.
Depois de um acordo, foi estabelecido o teto de R$ 25 milhões para a dívida rescisória. O São Paulo então passou a pagar R$ 450 mil por mês a Daniel Alves, em cerca de 50 prestações.
Saída da prisão
Alves, 40 anos, saiu da prisão em 25 de março, onde estava desde o final de janeiro de 2023, depois de pagar uma fiança de um milhão de euros (1,08 milhão de dólares), enquanto os recursos contra sua sentença de quatro anos e meio de prisão por estupro são resolvidos.
O Ministério Público e a defesa da vítima recorreram de sua libertação provisória da prisão alegando risco de fuga, algo que o tribunal rejeitou, retirando o passaporte de Alves e impondo-lhe a obrigação de se apresentar semanalmente ao tribunal.
O ex-jogador do FC Barcelona, PSG e da Seleção Brasileira, foi condenado em fevereiro a quatro anos e meio de prisão por ter estuprado uma mulher nos banheiros de uma boate de Barcelona no final de 2022, quando retornou da Copa do Mundo no Catar.
O tribunal também o condenou a cinco anos adicionais de liberdade condicional, ordem de afastamento da vítima por nove anos e meio e o pagamento de uma indenização de 150.000 euros (cerca de 163.000 dólares).
A sentença foi apelada tanto pela defesa de Alves, que durante o julgamento pediu sua absolvição, quanto pelo Ministério Público, que quer aumentar a pena. A resolução desses recursos pode levar meses.
Após sua prisão provisória em janeiro de 2023, a equipe de Alves na época, o Pumas do México, rescindiu seu contrato, e o possível retorno do lateral-direito ao futebol é uma incógnita.
