Quarta-feira, 04 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de junho de 2025
Durante o Google I/O 2025, a empresa apresentou serviços pagos de inteligência artificial (IA). Vários destaques na apresentação principal envolviam recursos avançados de inteligência artificial, que exigem assinatura.
O Google AI Pro é o mais acessível, por US$ 19,90 ao mês (ou R$ 96,99/mês no Brasil). O mais sofisticado, o Google AI Ultra, custa US$ 249,90/mês só nos EUA (o equivalente a R$ 1.420/mês). Segundo a empresa, esse é o passe “VIP” para os melhores recursos em IA.
Tradução
Em uma apresentação do Google, uma mulher dos EUA e uma da Argentina conversaram, cada uma em seu idioma. Um sistema de IA traduziu em tempo real a fala de ambas, mantendo inclusive as vozes originais. O recurso estará disponível ainda em 2025 ano para assinantes do Google AI Pro e Ultra. Em breve, a funcionalidade vai funcionar em português, italiano e alemão.
O AI Pro oferecerá 2 TB de armazenamento e Gemini no Chrome. Além disso, o usuário poderá gerar vídeos com IA generativa (Whisk) ou Flow (sistema para gerar vídeos ultrarrealistas baseada em comandos de textos). O pacote ainda inclui acesso com maiores limites ao NotebookLM (ferramenta que possibilita pesquisar arquivos grandes e gerar resumos).
O Ultra promete acesso antecipado a sistemas de IA em desenvolvimento. O usuário pode usar o Gemini com Deep Think (sistema de raciocínio avançado que auxilia cálculos e programação), o Project Mariner (que realizará ações automáticas, como comprar entradas para um show), o YouTube Premium (que elimina propagandas e permite baixar vídeos), além de 30 TB de armazenamento.
Custo
Recursos úteis continuam grátis, mas Google aposta no sonho de IA “ilimitada”. A companhia quer diversificar receitas com serviços. Enquanto redefine os modelos de negócio, aproveita a experiência de bilhões de usuários dos recursos grátis para treinar os sistemas de inteligência artificial.
Se antes boa parte dos planos de assinatura era focada apenas em armazenamento e remoção de propagandas do YouTube, agora a companhia está oferecendo acesso “pago” a recursos mais avançados. A estratégia é parecida com a executada pela Open AI.
A maioria das funcionalidades premium do plano Ultra é direcionada a nichos específicos. O Flow, por exemplo, tem apelo para quem trabalha com audiovisual. Já o Deep Think e o Jules são sistemas específicos para programadores. Resta saber o apelo que esses planos terão para o público em geral.