Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2025
Durante evento no Insper, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, nesta segunda-feira (9), que o caso da deputado federal licenciada, Carla Zambelli (PL-SP), “é um caso atípico, não tem precedente na Câmara” e ressaltou que a decisão judicial “tem que ser cumprida”.
No último sábado (7), Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o cumprimento de pena imediata de Carla Zambelli. Ele também mandou notificar Hugo Motta sobre a perda de mandato da parlamentar.
“Ela havia pedido uma licença médica seguida de uma licença para interesse particular antes da decisão do Supremo Tribunal Federal acerca da sua prisão preventiva e nós concedemos essa licença, até para que o seu suplente assumir o mandato e, a partir daí, aguardar o desfecho do processo. O Supremo, acho que pensou, eu também, por causa dessa decisão dela de fugir pra outro país, antecipou a análise desses embargos e concluiu o julgamento na última semana”, declarou.
“Quando há uma conclusão de julgamento no Supremo Tribunal Federal não cabe mais ao presidente da câmara colocar isso em votação porque já tem a condenação. Então, a decisão judicial tem que ser cumprida”, finalizou Hugo durante evento em São Paulo nesta manhã.
A decisão de Moraes ocorre após a Primeira Turma do STF ter rejeitado o último recurso de Zambelli contra sua condenação. Ela deve cumprir 10 anos de prisão, perda de mandato e pagamento de indenização de R$ 2 milhões.
Pedido de licença
Zambelli pediu licença para cuidar de assuntos relacionados à saúde entre 29 de maio e 4 de junho deste ano.
A solicitação foi assinada pelo presidente da Câmara no último dia 5, data em que ela também pediu afastamento do cargo por 120 dias. Esse pedido foi protocolado antes da decisão do Supremo sobre sua prisão preventiva.
Em seu lugar, o Coronel Tadeu (PL-SP) assumirá o mandato.
Carla Zambelli está na Itália desde a manhã do dia 5 de junho, segundo a Polícia Federal.
A condenação de Carla Zambelli
Ela foi condenada a dez anos de prisão e multa de R$ 2 milhões, em conjunto com o hacker Walter Delgatti Neto, pela invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A decisão também prevê a perda de seu mandato, mas ainda cabe recurso.
Zambelli responde ainda a um processo criminal no Supremo por perseguir, com uma pistola, um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Ela é ré por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. As informações são do portal CNN.