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Brasil “Dei carta branca para os ministros, mas com o poder de veto”, disse Bolsonaro

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Declarações do presidente e do ministro (D) revelaram um descompasso entre os dois nas últimas semanas. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, admitiu pela primeira vez ter vetado o nome da especialista em segurança pública Ilona Szabó de Carvalho para ser membro suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

Em café com jornalistas nesta quarta-feira (13), o presidente disse que pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para revogar a nomeação. O recuo de Moro foi anunciado no dia 28 de fevereiro após repercussão negativa entre bolsonaristas.

“Dei carta branca para os ministros, mas tenho poder de veto, isso foi acertado”, disse Bolsonaro. Segundo ele, Ilona “não somaria nada” ao governo federal.

O presidente declarou que Moro tentou convencê-lo da necessidade de ter um outro lado, alguém que discordasse das suas posições. “Ela só concorda com quem tem a opinião dela”, justificou Bolsonaro. O episódio causou desconforto a Moro, nomeado ministro com o compromisso de carta branca do presidente.

A declaração de Bolsonaro diverge do discurso do vice-presidente da República, o general gaúcho Hamilton Mourão (PRTB). Na ocasião do episódio sobre Ilona, ele disse que o Brasil “perdeu” com o recuo. “Eu acho que perde o Brasil. Perde o Brasil todas as vezes que você não pode sentar em uma mesa com gente que diverge de você. O Brasil perde. Não é a figura A, B ou C. Perde o conjunto do nosso País e nós temos que mudar isso aí”, disse o vice-presidente, também presente no café com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília.

A escolha de Szabó para compor o órgão – um cargo voluntário e sem funções executivas no governo – foi acompanhada de uma campanha crítica de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. Após a ordem de Bolsonaro, Moro teve de voltar atrás e até pedir desculpas a Szabó.

Nas redes sociais, militantes passaram a atacar Moro ao apontar que as posições de Szabó são divergentes em relação ao governo em temas como armamento e política de drogas. Também criticaram o fato de que ela se posicionou contra a candidatura de Bolsonaro durante as eleições.

A especialista é contrária ao afrouxamento das regras de acesso a armas de fogo. Também já questionou em artigo pontos do pacote anticrime de Moro, ao considerar preocupantes, entre outras coisas, as medidas que tendem a ampliar o direito à legítima defesa.

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https://www.osul.com.br/dei-carta-branca-para-ministros-mas-com-poder-de-veto-disse-bolsonaro/ “Dei carta branca para os ministros, mas com o poder de veto”, disse Bolsonaro 2019-03-13
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