Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2019
A Delta Tankers, dona de navio suspeito de derramar óleo no Nordeste, declarou que as autoridades brasileiras que investigam o derramamento de petróleo no litoral nordestino não a procuraram, segundo a agência de notícias Reuters. “Nem a Delta Tankers nem o navio foram contactados pelas autoridades brasileiras em relação à investigação”, informou a companhia em comunicado.
O petroleiro grego suspeito de derramar o óleo que causou o maior desastre ambiental já registrado na costa brasileira se chama Bouboulina e carregou 1 milhão de barris do petróleo tipo Merey 16 cru no Porto de José, na Venezuela, no dia 15 de julho. Zarpou no dia 18 com destino à Malásia.
O navio Bouboulina e a empresa grega dona da embarcação foram citados na decisão judicial que autorizou o pedido de busca e apreensão em escritórios no Rio de Janeiro. De acordo com os investigadores, 2,5 mil toneladas de óleo foram derramadas no oceano.
O juiz federal Francisco Farias descreve o navio mercante Bouboulina como a “única embarcação a passar pelo polígono suspeito demarcado como ponto de origem”. A decisão judicial afirma que o navio é de propriedade da empresa Delta Tankers, mas que, “entrando em contato com a Marinha do Brasil esta informou que a Delta Tankers não possuiria endereço fixo no Brasil”.
O documento aponta que o agente marítimo da embarcação no Brasil é a empresa Lachmann Agência Marítima, sediada no Rio de Janeiro. A decisão cita também a empresa Witt O Brien’s, que consta como indivíduo qualificado pelo navio. Segundo o documento, a Witt O’Briens é uma empresa do ramo de riscos, “que orienta empresas marítimas sobre planos de contingência e procedimentos a serem adotados em casos de desastres.”