Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2021
Depois da recusa da Colômbia e da Argentina, a Copa América acabou vindo parar no Brasil, em meio a polêmicas sobre a realização do torneio no País durante a pandemia. A Seleção Brasileira chegou a ameaçar com uma retirada do torneio mas voltou atrás e entra em campo contra a Venezuela, às 18h deste domingo (13), na partida de abertura.
Uma provável escalação do escrete Canarinho, sob o comando do técnico Tite, deve ter Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos, Alex Sandro, Casemiro, Fred, Richarlison, Gabriel Jesus, Neymar e Firmino.
Já no lado dos venezuelanos, a formação que estará em campo no primeiro tempo ainda é uma incógnita. Isso porque a delegação do país, que desembarcou no Brasil na sexta-feira, tem ao menos 13 integrantes infectados, oito deles jogadores. Todos estão assintomáticos e isolados em quartos individuais de hotel. O problema exigiu a convocação emergencial de mais 15 atletas.
Logística
São 12 participantes, todas da América do Sul e divididas em dois grupos, de acordo com suas posições geográficas. O Grupo A (“Zona Sul”) tem Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. Já o B (“Zona Norte”) conta com Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Os times jogam entre si dentro de cada chave. Os quatro primeiros se classificam para as quartas-de-final, que será pelo sistema de jogo único. O primeiro colocado de um grupo enfrenta o quarto lugar do outro, ao passo que o segundo encara o terceiro. Se houver empate no tempo normal, a decisão será nos pênaltis. A final está marcada para 9 de julho.
Logística
Além do Distrito Federal, a Copa América terá jogos em cinco estádios de três capitais: Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), Olímpico, em Goiânia (GO), Maracanã e Engenhão, no Rio de Janeiro. A competição terá transmissão em TV aberta pelo SBT e nos canais por assinatura ESPN e Fox Sports.
Por conta da pandemia, todos os embates serão realizados sem presença de público. As delegações serão submetidas a testes de coronavírus a cada 48 horas e ficarão em isolamento nos hotéis das cidades-sede. Só poderão sair para treino, jogo ou eventual problema de saúde.
A vacinação dos atletas chegou a ser obrigatória, mas a exigência foi deixada de lado depois que a Conmebol percebeu que não que não daria tempo de garantir a imunização. Com isso, os elencos de apenas seis das dez Seleções participantes receberam a picada no braço – o Brasil não faz parte deste grupo.
Outro aspecto é que a Conmebol permitiu às equipes a permanência em seus países, deslocando-se para o Brasil somente na véspera de suas partidas. A Argentina adotou essa medida e ficará concentrada em seu centro de treinamento em Ezeiza, próximo à capital Buenos Aires.
A 47ª edição da Copa América deveria ter sido jogada no ano passado, mas foi adiada por causa da pandemia. E encolheu. As Seleções do Catar e da Austrália haviam sido convidados a participar, entretanto a crise sanitária e a própria mudança de data motivaram a desistência de ambas.
Polêmica
Decidida de uma hora para outra e uma semana antes do início programado para o torneio por iniciativa do agora presidente afastado da Confederação Brasileia de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, com o aval do presidente Jair Bolsonaro, foi parar na Justiça.
Na quinta-feira (10), a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou três ações que pediam a suspensão do torneio, alegando ser inoportuno em um momento grave da pandemia da covid-19 no País. Assim, acabou derrubado um último entrave à competição foi derrubado.
Isso não impediu que os patrocinadores oficiais Mastercard, Ambev e Diageo decidissem “pular fora”. Essas empresas não estamparão as suas marcas nos estádios durante o evento, que dentro de campo terá jogadores de fama mundial como Neymar, o argentino Messi e o uruguaio Luiz Suárez.
Ainda não há confirmação oficial se o presidente Jair Bolsonaro estará presente no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, local do duelo. Ele foi convidado pela Conmebol mas não teria manifestado a intenção de comparecer.