Colunistas Deputado Tiago Simon quer Estado alinhado ao interesse social

Na foto, o deputado Tiago Simon (PMDB), em visita a Rede Pampa de Comunicação. (Foto: Lisiane Costa/ o Sul)

Flavio Pereira

Na análise que fez nessa terça-feira sobre o papel do Parlamento na reconstrução do Estado, o deputado Tiago Simon (PMDB) sugeriu a construção de um processo onde a sociedade e o Legislativo possam interagir “em busca de uma melhor compreensão dos organismos públicos e de como adequá-los ao interesse social”. Tiago Simon, para quem ainda não sabe, é filho do ex-senador Pedro Simon. Mas, pela profundidade com que tem enfrentado temas e debates desta ordem, ganha vida própria na política, surpreendendo positivamente aos que imaginavam que ele seria “apenas o filho do Simon”.

Inventário de culpas?

Simon foi prudente ao advertir que não se pretende promover uma espécie de “inventário de culpas”, condenando governos passados. Explicou que a sua proposta é tornar prática a ideia de que a Assembleia pode se transformar em amplo espaço “onde a sociedade possa conhecer de forma ampla a estrutura do Estado e, a partir desta avaliação, com a participação e o controle social, possamos encaminhar as decisões que devem ser dotadas de legitimidade e do mais pleno sentido de representação da vontade do povo gaúcho. Esta Casa, neste momento histórico, tem esta função”. Mais tarde, em conversa com o colunista, o deputado Tiago Simon relatou as andanças que tem feito desde que assumiu o atual mandato, mostrando-se preocupado com o grau de desânimo e insatisfação dos empreendedores privados, “notadamente do setor industrial gaúcho, totalmente paralisado por um cenário que dificulta cada vez mais a sua atividade”.

Frente Parlamentar da Indústria

Por coincidência, nessa terça-feira, a Assembleia instalou a Frente Parlamentar do Setor Produtivo e da Indústria Gaúcha e Brasileira para analisar os diversos gargalos da indústria. A frente terá como presidente o deputado João Fischer, do PP.

PIB da indústria gaúcho é muito baixo

Um dado relevante trazido nessa terça-feira à Assembleia Legislativa pelo presidente em exercício da Fiergs (Federação das Indústrias do RS), Carlos Alexandre Geyer, dá uma dimensão das dificuldades do setor industrial gáucho. Segundo ele, de 1995 a 2014, a arrecadação de impostos cresceu, em termos reais, 86,2%, enquanto que o aumento do PIB industrial foi de apenas 28,2%, e o do PIB total do Rio Grande do Sul foi de 56,1%. E deu um recado: “Aumentar as alíquotas de impostos estaduais não reverterá a crise financeira do governo”.

Recado do vice-governador

Ao participar nessa terça-feira do ato de instalação da Frente Parlamentar, o vice-governador do Estado, José Paulo Cairoli, analisou o cenário de crise e deu um recado claro: “É necessário decidir de que lado se está: daquele ‘mais fácil’, pelo aumento de tributos, ou da opção de tornar as empresas mais competitivas”.

Voltar Todas de Colunistas

Notícia Anterior

ENXUGAMENTO NECESSÁRIO

Próxima notícia

João Doria no RS: “Viajo com meu jatinho”