Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2019
Completa um mês do desabamento de dois edifícios no Condomínio Figueiras do Itanhangá, na comunidade da Muzema, Rio de Janeiro, neste domingo (12). A tragédia deixou 24 mortos e centenas de pessoas sem casa. Os prédios eram construções irregulares que já haviam sido interditado duas vezes, no final do ano passado e uma vez no começo deste ano. Segundo a Secretaria de Saúde Municipal do Rio de Janeiro, há, ainda, duas pessoas que seguem internadas e alguns pacientes com quadros estáveis.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação informou que, até então, não recebeu nenhum encaminhamento de moradores da Muzema para receber o Auxílio Habitacional Temporário (AHT). A Secretaria ressaltou, também, que o AHT é regido por lei e o solicitante precisa atender pré-requisitos previstos. Nesta última semana, foram evacuados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação três prédios na região de Muzema.
No dia 26 de abril, a Justiça acatou o pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e proibiu a construção de novos prédios na região, proibindo, também, a venda de qualquer imóvel ou terreno no local. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou que serão demolidos 16 prédios localizados na região do ocorrido. Crivella anunciou, ainda, a criação de um parque no local em área de preservação ambiental, em memória das 24 vítimas do desabamento.
Há suspeitas de que três milicianos, que estão foragidos, estejam envolvidos na construção e venda dos apartamentos irregulares na Muzema. Eles são acusados de homicídio com dolo eventual, ou seja, quando se assume o risco de matar. A polícia está a procura de José Bezerra de Lira — conhecido como Zé do Rolo, Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa.