Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de março de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Deputados federais forçam a abertura de um espaço no site da Câmara para que a população se manifeste sobre possíveis prejuízos na prestação de serviços públicos com o corte de 21 mil cargos em comissão, que o atual governo determinou.
Ampliando a base
Ao oferecer a vaga de secretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo ao deputado estadual Ruy Irigaray, o governador Eduardo Leite quer garantir os quatro votos do PSL. Só não contava com a resistência do líder da bancada, deputado Tenente Coronel Zucco, que pretende por os pesos na balança. A tendência é que concorde com a posse de Irigaray.
Dança das cadeiras
A vaga de Irigaray na Assembleia Legislativa caberá ao 1º suplente Rodrigo Lorenzoni, do DEM, que fez aliança com o PSL. Atualmente, Rodrigo é secretário estadual de Articulação e Apoio aos Municípios. Saindo, entrará em seu lugar Marcus Vinícius, 1º suplente do PP.
Propagandista
O resultado da viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos foi surpreendente: a manifestação de Donald Trump equivale à assinatura de um cheque em branco, dizendo que o Brasil tornou-se um país confiável. Isso deverá incentivar a vinda de investidores estrangeiros para abertura de empresas e geração de empregos.
Imagem ruim
Os investidores estrangeiros estavam retraídos. Ao longo de quase 10 anos, leram em publicações como Financial Times, Business Week, The Economist e Wall Street Journal que o Brasil era o país da corrupção e da propina.
Mudança dos ventos
A maioria dos jornais não deu a devida importância à declaração de Trump. Preferiram detalhes secundários da viagem de Bolsonaro. Explica-se: durante décadas, o correto politicamente era se alinhar com a União Soviética e seus satélites. Países que viveram pobres e sem desenvolvimento, sob o tacão do sanguinário ditador Josef Stálin, que matou milhões de pessoas.
O que era
Apoiar a União Soviética significava a busca de um mundo igualitário e com justiça. Atingiram em parte o objetivo porque o Estado provia tudo. A maioria não precisava trabalhar, até porque não havia empregos. O governo garantia a ração semanal de comida e algumas peças de roupa por estação. Bastava enfrentar longas filas. Como em Cuba.
Mesmo com a queda da União Soviética, persiste o ritual do culto ao que já não existe.
Próximo passo
Espera-se que, a partir da declaração de Trump, o Brasil receba investimentos que precisa para se desenvolver. Significa criar empregos e permitir o pagamento de salários, dando dignidade a milhões de brasileiros. Está comprovado que, apenas com capital nacional, essa meta não será alcançada.
O país tem pressa em crescer.
Onde está o problema
O economista Paulo Rabello de Castro define com clareza o que ocorre na Previdência Social: “Hoje, quem mais usufrui de benefícios de gordas aposentadorias e pensões está longe de ser quem mais contribuiu. Milhões pagam INSS a vida inteira enquanto uns poucos capturam a fatia do leão dos recursos da bilionária conta dos inativos do País”.
Fugir desse debate no Congresso Nacional é querer preservar privilégios, praticando mais uma irresponsabilidade. Com o déficit nas alturas, embaralhar é tumultuar e fazer politicagem.
Preparando confronto
Diretórios de 12 Estados, liderados pelo Rio de Janeiro, criaram o grupo de discussão PSOL livre do PT. O Rio Grande do Sul está fora.
Olhando de perto
É elogiável a iniciativa da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa, que realizará audiência pública para tratar das dificuldades de acesso aos medicamentos distribuídos pela Farmácia do Estado. Talvez encontre brechas para obter mais dinheiro no orçamento, cortando desperdícios.
No ano passado, o governo do Estado gastou 538 milhões de reais na compra de medicamentos. Via administrativa: 112 milhões de reais. Por determinação judicial: 426 milhões.
Falta corda
São voltas, rodopios e cambalhotas, mas as finanças do Estado não saem do fundo do poço.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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