Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2016
“Uma lembrancinha de dançarinos de tango do tamanho do polegar custa 50 reais.” Assim a brasileira Paloma Rocha, 23 anos, resumiu a situação dos preços na Argentina. A desvalorização do real e a inflação dos últimos anos no país vizinho – na cidade de Buenos Aires, ela atingiu 26,9% em 2015 – tornaram o destino caro para os brasileiros. O preço dos alimentos está 30% mais alto na Argentina do que no Brasil. Hotéis e restaurantes custam 20% mais, segundo a consultoria Abeceb.
A escalada dos preços começou em 2007, quando a inflação passou a ultrapassar a barreira dos 10%. Três anos depois, a valorização artificial do peso fez com que o país ficasse caro para aqueles que chegam com dólares.
Para os brasileiros, o cenário piorou em 2015, com a desvalorização do real. “No Brasil, o dólar ficou muito tempo entre 2 reais e 3 reais. Esse câmbio tornava a Argentina mais acessível. Agora, o panorama é outro”, afirmou o economista chefe da consultoria Ecolatina, Lorenzo Sigaut Gravina.
O consultor de projetos Sady Fauth Junior esteve na Argentina em 2012 e voltou em 2015 para morar. Segundo ele, um almoço que custaria 25 reais em Brasília custa 40 reais em Buenos Aires. “Não compensa viver aqui se você depende do real. Os preços aumentam toda semana.” (Folhapress)