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Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2015
Em jantar com sete empresários no Palácio da Alvorada, a presidenta Dilma Rousseff demonstrou preocupação com a turbulência na China, reconheceu que há “dificuldades reais” colocadas no horizonte e pediu ajuda do setor privado para superar a crise.
A chefe do Executivo garantiu que o objetivo da política econômica do seu governo é a retomada do crescimento. “Nós estamos vivendo um momento difícil. Temos de sair disso juntos e todos têm de ajudar”, afirmou Dilma, em jantar de cerca de três horas, na terça-feira.
Participaram do encontro com a mandatária os executivos Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco; Benjamin Steinbruch, da CSN; Cledorvino Belini, da Fiat; Joesley Batista, da JBS; Edson Bueno, da Dasa; Josué Gomes, da Coteminas; e Rubens Ometto, da Cosan. Os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, também estiveram presentes.
Segundo Monteiro, Dilma ressaltou durante a conversa que ainda não é plenamente conhecida a extensão da crise na China, cujo banco central anunciou, na terça-feira, uma redução nas taxas de juros e afrouxamento das taxas de depósito compulsório para acalmar os mercados.
“Não se conhece bem a extensão desse processo em uma economia como a da China, que tem características próprias”, comentou o ministro. Para Monteiro, o diálogo do jantar “foi muito bom, franco e produtivo”. “A presidenta mais ouviu do que falou. Ninguém manifestou uma posição de falta de confiança, todos evidentemente querem ver o Brasil superar essas dificuldades. É importante que todos nessa hora possam dar uma contribuição, para que a gente possa sair o mais rápido possível dessas dificuldades.” (AE)