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Brasil Dilma quer tirar dos ricos para pagar reajustes de aposentados

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Medida Provisória 672 estende o cálculo de correção do salário mínimo a aposentados do INSS que ganham acima do piso. (Foto: Gustavo Roth/Folhapress)

Diante da possibilidade de a presidenta Dilma Rousseff vetar a emenda à MP (Medida Provisória) 672, que estende o cálculo de correção do salário mínimo a aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganham acima do piso, as centrais sindicais vão apresentar proposta para pôr na mesa de negociação. Os sindicalistas querem que o reajuste seja calculado levando em conta a soma da inflação, mais a média dos aumentos reais obtidos pelos trabalhadores da ativa.
A presidenta esteve na Europa para compromissos da cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Durante a viagem, Dilma foi questionada sobre o veto à MP 672, que ainda não foi oficializado. Ela garantiu que vai oferecer contraproposta em troca da emenda dos aposentados. O conteúdo ainda não foi esclarecido, mas a presidenta já adiantou nos bastidores de onde sairiam os recursos.
O aumento será condicionado aprovação de projeto para taxação de grandes fortunas. Segundo fontes, cerca de 200 mil contribuintes seriam taxados, e a arrecadação com o imposto iria de 6 bilhões de reais a 10 bilhões de reais.
A estratégia das centrais é influenciar a contraproposta da chefe do Executivo, para tentar garantir ganho real aos aposentados. Para o senador Paulo Paim (PT-RS), o reajuste aplicado sobre o mínimo sempre será a melhor saída, mas se o veto for inevitável, o aumento atrelado aos ganhos salariais dos ativos pode ser uma boa alternativa.
Presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, também acredita que o melhor para a categoria é reajustar as aposentadorias pelo salário mínimo. “A gente recebe a inflação, mas continua com o benefício achatado”, criticou.
Ele não acredita que usar a média dos aumentos seja a melhor saída. Para Luizão, falta vontade do governo em negociar. “Até agora essa discussão não chegou na gente. O governo não nos chamou para conversar. É preciso elaborar proposta de reajuste mais concreta”, afirmou o presidente do Sindicato.
Já Warley Martins, presidente da Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas), acredita que a proposta deve partir das entidades que representam os aposentados, e não das centrais sindicais.

Aprovação da taxação
Parlamentares acreditam que a taxação de grandes fortunas terá dificuldade para ser aprovada no Congresso, o que comprometeria a nova proposta do governo para o reajuste das aposentadorias e pensões acima do salário mínimo. Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) tem dúvidas em relação ao volume de recursos gerados com a medida.
“Não sei se será suficiente para pagar os aumentos dos benefícios previdenciários. Além disso, não é algo que passaria facilmente no Congresso”, avalia.
Líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Chico Alencar (RJ) explica que o Brasil tem tradição patrimonialista que protege as grandes fortunas. “O melhor seria que houvesse reforma tributária. É claro que a taxação dos mais ricos encontrará resistência no Congresso. A maioria dos representantes é vinculada às pessoas com muito dinheiro, que são financiadores de campanha”, alfinetou Alencar.
Segundo fontes, a proposta de taxação chegou a ser analisada ano passado pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas não foi levada adiante. O atual titular da pasta, Joaquim Levy, seria contrário à medida. Mas o governo vê na iniciativa de aumento real para aposentados uma forma de aquecer a economia. (AD)

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https://www.osul.com.br/dilma-quer-tirar-dos-ricos-para-pagar-reajustes-de-aposentados/ Dilma quer tirar dos ricos para pagar reajustes de aposentados 2015-07-12
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