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Rio Grande do Sul Distanciamento controlado: atualização do sistema coloca a maioria das regiões gaúchas sob risco médio para contágio por coronavírus

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Até o final desta semana, nenhuma área gaúcha estará sob bandeira vermelha (risco alto). (Foto: Divulgação/SES)

Na primeira atualização do sistema de distanciamento controlado em vigor no Rio Grande do Sul, o governo gaúcho ampliou a abrangência das regiões sob bandeira laranja, ou seja, com risco médio para contágio por coronavírus. Essa cor substituiu a amarela (risco baixo) como predominante no mapa gaúcho. Já a área composta por Lajeado e outras 28 cidades trocou a bandeira vermelha (risco alto) pela laranja.

Sob a cor amarela estão apenas as regiões de Bagé, Cachoeira do Sul, Ijuí, Santa Rosa e Taquara. Isso significa que nesses locais o momento é de alta capacidade do sistema de saúde e baixa propagação da doença, permitindo que as prefeituras imponham menos restrições às atividades sociais e econômicas – exigências como o uso da máscara de proteção, porém, continuam valendo.

As mudanças de classificação foram oficializadas neste sábado (16) e valem até o dia 24. Até lá, nenhuma zona do Estado está sob bandeira vermelha.

Na região de Lajeado (Vale do Taquari), a bandeira baixou para laranja por causa da melhora em dois indicadores de velocidade do avanço de coronavírus: ritmo de novos casos semanais (cujo crescimento desacelerou de 20% para 17%) e variação no contingente de internados em UTI por síndrome respiratória grave (redução de 7%).

Também estão “pintadas” de laranja as regiões de Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul e Uruguaiana – nesta última, o fator predominante para a alteração foi a ocorrência de vários diagnósticos de Covid-19 nos últimos dias, incluindo profissionais da área da Saúde, militares do Exército e o próprio prefeito Ronnie Mello, 37 anos.

Situação no RS

Se considerado o Rio Grande do Sul como um todo, esta segunda rodada do modelo de distanciamento controlado permitiu a observação das seguintes alterações:

– Número de casos confirmados por teste rápido do tipo PCR desceu de 444 para 417 (baixa de 6,08%);

– Contingente de internados em UTI por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) passou de 229 para 225 (queda de 1,75%);

– Quantidade de internados por coronavírus subiu de 141 para 173 (22,7%) em leitos clínicos e de 126 para 129 (2,38%) em UTIs;

– Número de leitos de UTI adulto disponíveis para atender pacientes de Covid-19 diminuiu 5,48%;

– Contingente de mortos pela doença baixou de 32 para 30 (redução de 6,25%).

Metodologia

Baseado em um modelo de segmentação regional e setorial a partir de evidências científicas e estatísticas, o distanciamento controlado teve as suas diretrizes definidas pelas Secretarias da Saúde e de Planejamento, Orçamento e Gestão, que o definem como uma estratégia inédita no Brasil”.

O seu funcionamento prevê quatro níveis de restrições, representados por bandeiras nas cores amarela (risco baixo), laranja (médio), vermelha (alto) e preta (altíssimo), que variam conforme a propagação da doença e a capacidade do sistema de saúde em cada uma das 20 regiões pré-determinadas. Além da divisão em 20 regiões, o modelo reúne as atividades econômicas em 12 grupos, sendo que cada um é dividido em tipos e subtipos.

Por exemplo, o setor “Serviços” apresenta 14 segmentos, incluindo “artes, cultura, esportes e lazer”, por sua vez subdividido em quatro itens: “casas noturnas, bares e pubs”, “eventos, teatros e cinemas”, “clubes sociais e esportivos” e “academias”. Há regras específicas para mais de 100 atividades econômicas.

A análise de dados cruza informações sobre a propagação do coronavírus (velocidade do avanço, estágio da evolução e incidência de novos casos sobre a população) e a capacidade de atendimento hospitalar.

Os dados dessas suas esferas são cruzados para definir o risco epidemiológico e o nível do distanciamento exigido em cada uma das 20 regiões e em cada um dos 12 grupos de atividades econômicas definidos. O monitoramento é diário, mas a atualização da bandeira ocorre semanalmente, aos sábados, valendo para a semana seguinte.

“Além de evitar a propagação do coronavírus, diminuindo a intensidade da procura por internações hospitalares, o distanciamento controlado prevê a mitigação dos efeitos econômicos da pandemia, uma vez que as restrições de circulação impostas à população trouxeram consequências negativas ao comércio”, ressalta o site oficial do Palácio Piratini.

(Marcello Campos)

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https://www.osul.com.br/distanciamento-controlado-primeira-atualizacao-do-sistema-coloca-a-maioria-das-regioes-gauchas-esta-sob-risco-medio-para-contagio-por-coronavirus/ Distanciamento controlado: atualização do sistema coloca a maioria das regiões gaúchas sob risco médio para contágio por coronavírus 2020-05-16
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