Domingo, 19 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de março de 2016
Aos 41 anos, a advogada Janaína Paschoal vive momentos de celebridade: “Me param muito para tirar selfies na rua. No mercado, na feira, no elevador, em todo lugar. Recebi muitas cartas, até de brasileiros que vivem no exterior”, afirmou.
Professora livre docente da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), onde entrou como aluna aos 17 anos, ela é uma das autoras do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff em tramitação na Câmara dos Deputados. A recepção calorosa pelos defensores do afastamento da chefe do Executivo, opina, tem motivo: “Acho que as pessoas estavam com isso engasgado”.
Com um perfil conservador, Janaína se define como uma “canceriana romântica” que espera poder “mudar o mundo”. Diz ser politicamente liberal, mas contra a legalização do aborto e das drogas, e a favor das cotas para negros nas universidades.
“Me apresentaram ao Hélio Bicudo dias depois e ele foi o primeiro a realmente acreditar em mim. Quando penso neste dia tenho vontade de chorar, porque os outros me olhavam como se eu fosse louca, mas com ele foi um encontro de almas. O Miguel Reale Júnior já tinha feito pareceres a respeito, havia sido meu orientador na USP, e também nos ajudou”, afirmou a advogada.