Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2021
Berenice, liderança do Quilombo da Anastácia, no documentário "Raízes de um Povo Negro", de 2020.
Foto: ReproduçãoO documentário “Olhos de Anastácia”, que tem previsão de lançamento em maio deste ano, busca ser uma ferramenta para a preservação das identidades, ancestralidades e toda história destes quilombos dos municípios de Gravataí e Viamão por meio do Rio Gravataí. Negros em busca de liberdade fugiam das fazendas, onde eram escravizados, e encontravam nos quilombos um lugar seguro para manter-se vivo e sempre conectados à sua ancestralidade.
Através dos “Olhos de Anastácia” serão apresentadas histórias de luta, resistência e conexões de povos quilombolas nesses locais.
O documentário será produzido por meio dos recursos da Lei Aldir Blanc através da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Esporte de Gravata. O lançamento e exibição do documentário será em formato virtual e está previsto para a segunda quinzena de maio.
Para que o público possa acompanhar mais de perto, os produtores publicam nas redes sociais boletins informativos referente ao processo de produção do documentário, disponíveis no instagram.com/olhosdeanastacia e facebook.com/olhosdeanastacia.
Quem foi Anastácia?
Anastácia de Souza Reis, nasceu poucos anos após a abolição da escravatura, filha de Hortência, que era responsável pela travessia de negros fugidos das fazendas passavam por seu quilombo e depois faziam a travessia até os quilombos do outro lado do rio no município de Gravataí. A pequena Anastácia cresceu e recebeu de herança as terras de sua mãe e teve a missão de transmitir às futuras gerações a tradição e os costumes do quilombo.
Equipe do documentário
A direção é de Jhonatan Gomes, bisneto de Anastácia, artista e produtor cultural, formado em Produção Cênica pela Faculdade Monteiro Lobato e graduando em Relações Públicas pela Unisinos.
Vanessa Rodrigues faz a direção de produção. Ela é graduada em Produção audiovisual pela PUCRS. Seu trabalho como artista é explorado através da escrita, do audiovisual, do teatro e da moda.
A direção de fotografia e sonoplastia está a cargo de Giuliano Lucas, fotógrafo, artista visual e ativista político, que atua como pesquisador nas interseções entre políticas institucionais, práticas políticas e poéticas identitárias.
Tainá Rodrigues atua como assistente de direção. Tem estudos na produção audiovisual realizados na Universidad Nacional de las Artes, em Buenos Aires. Ainda na Argentina, concluiu o curso de assistente de direção no Centro de Formação Profissional do Sindicato da Indústria Cinematográfica Argentina. Em 2017, foi assistente de direção e produtora em uma série para TV e diversos filmes publicitários, na produtora DVL Producciones em Hermosillo , no México.
A edição e montagem é de Mário Leão, que iniciou seus estudos na PUCRS, e é produtor audiovisual há mais de cinco anos.