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Política Dois em cada três candidatos que disputam a eleição de novo mudaram de partido, aponta levantamento

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Dos 174 mil candidatos que disputam novamente a eleição, 115 mil concorrem em uma legenda diferente da usada em 2016

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Entre os dez partidos que formam o grupo, PP, PSD e PL são as legendas com o maior número de prefeituras. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Dois em cada três candidatos que disputam novamente as eleições municipais trocaram de partido e se apresentam ao eleitorado com uma nova sigla em 2020, segundo levantamento feito pelo site G1 com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Dos 174 mil candidatos que estiveram também nas eleições de 2016, 115 mil estão com uma nova legenda.

No troca-troca partidário, o DEM, partido dos presidentes da Câmara e do Senado, foi o que mais ganhou. A legenda teve um saldo de 3,9 mil novos candidatos, contando os que saíram e chegaram.

Já o PV foi o que mais perdeu. O partido teve um saldo negativo de 2 mil candidatos considerando os dissidentes e os novos filiados. Nos últimos quatro anos, vários partidos mudaram de nome e alguns se fundiram por causa das novas regras que tentam limitar o número de legendas, como a cláusula de barreira.

Essas mudanças de nome e fusões não são consideradas no levantamento, que leva em conta apenas as trocas efetivas de partido. A troca mais comum foi do MDB para o PSD. Em seguida, a do PSDB também para o PSD.

Especialista em migração partidária, o cientista político Marco Antonio Faganello afirma o alto número de trocas se deve a uma prática recorrente entre os partidos, de tentar atrair pessoas que já se candidataram por outras legendas, por terem experiência e votos.

“Eles maximizam chances de ter votos e cadeiras sem precisar formar quadros”, afirma o mestre e doutorando em Ciência Política pela Unicamp. “Então a migração ajuda os partidos a se estabelecerem em municípios novos ou aumentarem seu ‘curral’ eleitoral. Eu até tenho um nome para isso: são partidos headhunters. Buscam candidatos competitivos, com background eleitoral.”

Segundo Faganello, um efeito negativo dessa prática é enfraquecer a ligação dos eleitores com os partidos. “O voto fica cada vez mais personalista.” Do ponto de vista do candidato, também é vantajoso mudar, afirma o especialista.

“Um candidato migra buscando uma melhor condição de ser eleito. Talvez exista alguma promessa que de mais verba ou de melhores condições para o candidato. Se o partido não tem presença local, principalmente nos municípios pequenos, o candidato pode se tornar uma liderança desse partido no município”, explica. “É como se fosse uma mão lavando a outra.”

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