Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia Dólar fecha em baixa na sexta-feira, mas sobe na semana, interrompendo quedas na cotação

Compartilhe esta notícia:

Brasil tem "colchão" de US$ 339 bilhões, que funcionam como espécie de seguro contra crises. (Foto: Reprodução)

O dólar interrompeu uma sequência de seis semanas seguidas de queda ante o real e fechou os últimos cinco dias acumulando valorização de 0,81%. As preocupações com a disparada da inflação norte-americana ajudaram a fortalecer o dólar no mercado internacional.

Foi somente no pregão desta sexta-feira (14) que a moeda americana caiu de forma mais consistente, após dois indicadores da atividade dos Estados Unidos, as vendas no varejo e a produção industrial, mostrarem números abaixo do previsto em abril e reduzirem, ao menos por ora, o temor de superaquecimento da maior economia do mundo.

Nos fechamentos, o dólar à vista terminou a sexta em queda de 0,80%, a R$ 5,2710. No mercado futuro, o dólar para junho era negociado em baixa de 0,74% às 17h35, cotado em R$ 5,2765.

O cenário externo teve peso, determinando o comportamento do real nesta semana, mesmo com a CPI da Covid esquentando e nova pesquisa eleitoral mostrando liderança do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial, além da denúncia de um orçamento secreto do presidente Jair Bolsonaro.

Os investidores monitoraram estes eventos, mas o clima de fuga de ativos de risco no exterior falou mais alto, com o temor de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tenha que retirar mais cedo os estímulos monetários extraordinários adotados na pandemia, que têm inundado o mercado de liquidez e levado recursos aos emergentes.

“Membros do Fed têm contribuído para amenizar as preocupações, ressaltando que o conjunto de dados observado não revela inflação permanente. De qualquer maneira, os mercados ligam o radar”, destaca o economista da Amplla Assessoria em Câmbio, Alessandro Faganello.

O presidente da regional de Dallas do BC americano, Robert Kaplan, segue como um dos poucos dissidentes dessa visão e nesta sexta falou que as compras de ativos podem ter que começar a ser reduzidas mais cedo. Para o Brasil, Faganello ressalta que os investidores monitoram os ruídos políticos, mas esta semana o estresse maior veio do exterior.

A analista de moedas e mercados emergentes do Commerzbank, Alexandra Bechtel, avalia que o real se beneficiou recentemente da alta das commodities e da sinalização de altas de juros pelo Banco Central, mas o ceticismo com a valorização da moeda brasileira permanece, na medida em que riscos específicos do Brasil podem reverter este movimento.

Ela cita justamente o temor de ruídos políticos e de mais gastos fiscais, caso a pandemia não melhore de forma consistente. O banco alemão prevê o dólar em R$ 5,30 ao final do ano e em R$ 5,00 ao final de 2022. Já a taxa básica de juros deve ir a 5,25% em dezembro e 6% em 2022.

Já o banco Inter melhorou sua projeção para o real, vendo o dólar caindo a R$ 5,20 ao final do ano. A estimativa anterior era de R$ 5,30. “O resultado mais robusto das contas externas, a definição do orçamento reduzindo o risco fiscal e a elevação mais rápida da Selic impactam de maneira positiva o fluxo cambial”, comenta a economista-chefe do banco, Rafaela Vitória, em relatório.

Juros

O mercado de juros adotou uma postura mais conservadora à tarde, quando as taxas zeraram o recuo visto na primeira etapa. Os trechos curtos e intermediários fecharam em alta e o longo, perto da estabilidade. A piora não teve motivo claro e não se viu nem na Bolsa nem no câmbio. Mas é fato que com as surpresas positivas pelo lado da atividade, revisões para cima em série para o Produto Interno Bruto (PIB) e o choque de commodities, a perspectiva é de persistência de pressões inflacionárias que ameacem a estratégia do Banco Central de recompor a Selic apenas parcialmente, o que ajudaria a explicar o descolamento entre DI e câmbio.

No exterior, dados fracos de atividade nos EUA acionaram o modo risk on e os rendimentos dos Treasuries se acomodaram, ajudando a ancorar a ponta longa da curva doméstica. O mercado digeriu bem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a retirada do ICMS do cálculo do PIS/Cofins, que evitou o pior dos cenários para o governo de haver um desfalque de R$ 258,3 bilhões em cinco anos nas contas públicas.

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Cerca de 12 milhões de pessoas ainda não enviaram declaração do Imposto de Renda
Governo finaliza novas regras para o Imposto de Renda
https://www.osul.com.br/dolar-fecha-em-baixa-na-sexta-feira-mas-sobe-na-semana-interrompendo-quedas-na-cotacao/ Dólar fecha em baixa na sexta-feira, mas sobe na semana, interrompendo quedas na cotação 2021-05-14
Deixe seu comentário
Pode te interessar