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Economia Dólar volta a subir e fecha a R$ 5,45 após a ata do Copom

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A plataforma informou errado o valor de negociação do dólar durante o feriado de Natal. (Foto: Freepik)

O dólar fechou em alta nessa terça-feira (25), voltando ao patamar dos R$ 5,45. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda. Investidores repercutiram os sinais da condução da taxa básica de juros brasileira, a Selic, presentes na ata da última reunião do Copom divulgada durante o dia.

A ata da reunião mostra que o grupo avaliou que “eventuais ajustes futuros” na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, “serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

Para analistas, o texto confirma que os juros brasileiros ficarão mais altos por mais tempo, em meio ao cenário de dificuldade de trazer a inflação de volta para a casa dos 3%, além de BC não fechar a porta para aumentos.

Além disso, o mercado espera novos dados de inflação aqui e no exterior para entender o futuro dos juros na economia global. A declaração de uma diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também reiterou que os juros americanos devem permanecer altos por mais tempo.

Fatores internos

O destaque na agenda nacional nessa terça-feira (25) ficou com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Após sete reduções seguidas na taxa Selic o colegiado decidiu fazer uma pausa no ciclo de cortes e manter os juros em 10,50% ao ano.

A decisão veio em linha com as atuais expectativas do mercado, mas ainda representa uma previsão maior de juros para 2024 em relação ao observado no começo do ano, além de indicativos de que os riscos que o BC leva em conta para mexer na Selic estão mais preocupantes.

O comitê informou, no documento, que o controle das estimativas de inflação, que estão em alta, requer uma “atuação firme” da autoridade monetária, e acrescentou que se manterá “vigilante”. Além disso, avaliou que “eventuais ajustes futuros” na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, “serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

A instituição disse que seu papel na fixação da taxa de juros é técnico, e que busca conter a inflação e colocá-la dentro da meta de 3% para 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.

Até maio deste ano, a inflação acumulada em 12 meses era de 3,93%, enquanto o acumulado em 2024, até aqui, era de 2,27%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas as expectativas do mercado vêm piorando, o que acende um alerta dentro do BC.

Projeção da inflação

“Além disso, o BC trouxe projeções de inflação mais altas, que podem em breve ultrapassar o teto da meta. Isso piora a percepção de risco da economia e impacta o câmbio”, explica.

Apesar de os números ainda mostrarem uma inflação dentro da meta, o IPCA vem acelerando nos últimos meses e, em maio, subiu acima das expectativas do mercado: alta de 0,46%, contra projeções de 0,42%.

A alta foi puxada, sobretudo, pelos aumentos expressivos nos preços dos alimentos. A alta do dólar também gera preocupação, tendo em vista que boa parte dos produtos consumidos no Brasil são importados e, com a moeda americana mais cara, os preços também tendem a subir.

Fatores externos

Também nessa terça-feira, a diretora do Federal Reserve Michelle Bowman reiterou sua opinião de que manter a taxa de juros dos Estados Unidos estável “por algum tempo” provavelmente será suficiente para deixar a inflação sob controle.

Juros mais altos nos Estados Unidos tornam os emergentes menos atrativos, o que inclui o Brasil. Assim, os investidores levam investimentos para economias desenvolvidas e o real tende a se desvalorizar ainda mais.

Bowman disse ainda que conflitos regionais podem pressionar para cima os preços da energia e dos alimentos, e condições financeiras mais frouxas ou estímulos fiscais também podem estimular a inflação.

Entretanto, ela destacou que a economia “ainda” não chegou a esse ponto, acrescentando que “permanecerá cautelosa” em sua abordagem da política monetária e previu que os bancos centrais de outros países poderão afrouxar mais cedo ou mais rapidamente do que o Fed.

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