Sábado, 19 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de junho de 2017
O presidente norte-americano, Donald Trump, tinha pendências de pelo menos 315,6 milhões de dólares para credores alemães, dos Estados Unidos e outros em meados de 2017, de acordo com um relatório financeiro divulgado Escritório de Ética Governamental dos EUA na sexta-feira (16).
Trump informou uma receita de pelo menos 594 milhões de dólares em 2016 e início de 2017 e ativos no valor de pelo menos 1,4 bilhão de dólares.
O documento de 98 páginas publicado no site do organismo mostrou passivos de Trump de pelo menos 130 milhões de dólares para o Deutsche Bank Trust Company Americas, unidade do alemão Deutsche Bank.
Trump revelou uma pendência com o Deutsche que ultrapassou 50 milhões de dólares para o Old Post Office, propriedade histórica no centro de Washington, que recentemente foi reformada como hotel localizado perto da Casa Branca.
Trump apresentou passivos de pelo menos 110 milhões de dólares para o Ladder Capital, um credor de imóveis comerciais com escritórios em Nova York, Los Angeles e Boca Raton, Flórida.
O maior componente da receita da Trump foi de 115,9 milhões de dólares, listados como receitas relacionadas ao resort de golfe do Trump National Doral em Miami. Seus ativos provavelmente ultrapassaram 1,4 bilhão de dólares porque o formulário de divulgação forneceu faixas de valores.
O documento mostrou que Trump ocupava cargos em 565 corporações ou outras entidades antes de se tornar presidente dos EUA. Seu mandato na maioria desses cargos foi encerrado em 19 de janeiro, no dia anterior à sua posse na Casa Branca.
A maioria das entidades envolvidas tinha sede nos Estados Unidos, mas também na Escócia, Irlanda, Canadá, Brasil, Bermudas e outros.
Trump tem se recusado a revelar suas declarações fiscais, o que daria uma indicação muito mais clara de sua riqueza e interesses comerciais. Mas ele submeteu relatórios federais revelando rendimentos, ativos e passivos seus e de sua família.
Cuba
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou na sexta-feira a adoção de restrições maiores a norte-americanos em viagem a Cuba e limites a negócios dos EUA com os militares da ilha, dizendo que está cancelando o “acordo terrível e mal orientado” do ex-presidente Barack Obama com Havana.
Delineando sua nova política para Cuba em um discurso em Miami, Trump assinou uma diretriz presidencial que reverte partes da abertura histórica de Obama com o país comunista, resultado de um avanço diplomático em 2014 entre os dois ex-inimigos da Guerra Fria.
Mas Trump manteve muitas das mudanças de Obama, como a reabertura da embaixada dos EUA em Havana, ao mesmo tempo em que buscou mostrar estar cumprindo a promessa de campanha de adotar uma postura mais rígida com o vizinho.
“Não ficaremos mais em silêncio diante da opressão comunista”, afirmou Trump a uma plateia empolgada em Little Havana, enclave de cubanos-norte-americanos em Miami, incluindo o senador republicano Marco Rubio, da Flórida, que ajudou a formular as novas restrições a Cuba.
“Com aplicação imediata, estou cancelando o acordo completamente unilateral da última gestão com Cuba”, declarou Trump ao fazer um ataque verbal contundente ao governo do presidente cubano, Raúl Castro. (Eric Beech, Mohammad Zargham, Andy Sullivan e Steve Holland/Reuters)