Quinta-feira, 10 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de julho de 2020
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitirá em breve um decreto que proibirá a inclusão de imigrantes sem documentos na contagem da população no censo de 2020, disse uma fonte a par da questão. A fonte, que pediu anonimato para falar, não tinha detalhes do decreto presidencial.
A contagem do censo governamental ajuda a determinar onde o dinheiro dos contribuintes será usado na construção de instalações públicas, como escolas, hospitais e corpos de bombeiros, além de calcular a partilha dos Estados na Câmara dos Deputados.
No ano passado, Trump desistiu de acrescentar uma pergunta sobre cidadania no censo de 2020, depois que a Suprema Corte arbitrou contra a intenção do governo, que havia dito que novos dados sobre a cidadania ajudariam a aplicar melhor a Lei dos Direitos ao Voto, que protege os direitos das minorias. O tribunal determinou que a argumentação era “artificial”.
Problemas psicológicos
Sobrinha de Donald Trump, a psicóloga Mary Trump afirmou hoje, em entrevista para a CNN, que a forma como o presidente governa os Estados Unidos é uma consequência direta da sua criação e da relação com os pais. “Donald é um homem psicologicamente perturbado com base em sua criação e na situação [que viveu] com seus pais”, disse ela. “Ele não vai melhorar e, sem dúvida, vai piorar.”
Nesta semana, Mary lançou o livro “Too Much and Never Enough: How My Family Created the World’s Most Dangerous Man” (Muito mas nunca suficiente: como minha família criou o homem mais perigoso do mundo, em tradução livre), baseada na vida do presidente. Segundo a psicóloga, seu tio não é contra a ciência, mas vai ignorar fatos comprovados cientificamente apenas para seguir sua narrativa.
“Acho que uma das razões pelas quais ele está mudando um pouco agora é porque o que ele sempre fez no passado, que costumava funcionar, não está mais funcionando tão efetivamente, e isso o faz se mexer um pouco”, disse ela. No livro, Mary Trump promete revelar o perfil “tóxico” dos parentes e histórias íntimas de uma das famílias mais ricas e poderosas do mundo.
De acordo com Mary, seu tio é um “sociopata” e seu avô, Fred, é o responsável por criar uma família problemática e fria. Ela já relatou, por diversas vezes, que o presidente norte-americano contribuiu para afundar seu pai, Fred Jr, no vício do alcoolismo — que o levou à morte em 1981. “Donald seguiu a liderança do meu avô e, com a cumplicidade, inércia e silêncio dos seus irmãos, destruiu o meu pai. Não vou deixar ele destruir meu país”, disse a autora em um de seus pronunciamentos à imprensa.
Na obra, ela revelou que o republicano fraudou provas durante a universidade pagando um colega de classe. Foi ela quem vazou documentos financeiros de Donald para o jornal “The New York Times” e que Donald tinha “problemas com mulheres” que o rejeitavam.