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Geral Dos 27 suspeitos mortos na operação policial no Jacarezinho, 25 deles tinham antecedentes criminais

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Rastro de sangue na sala de uma das casas do Jacarezinho onde foi registrado um homicídio. (Foto: Rio de Paz/Divulgação)

Do total de 27 mortos na favela do Jacarezinho durante operação policial realizada na última quinta-feira (6), 12 tinham anotações por crimes ligados ao tráfico, e 13 por outras denúncias, como posse de armas, porte de droga, ameaça, receptação, furto ou roubo. Ou seja, 25 dos mortos teriam alguma anotação em suas folhas de antecedentes criminais. As informações constam em um relatório sigiloso da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil, ao qual o jornal O Globo teve acesso. O documento foi elaborado apenas três dias depois da operação na comunidade em que também morreu o inspetor Leonardo André Frias, de 48 anos.

De acordo com o documento, apenas quatro eram alvo da chamada operação Exceptios. Além disso, dois dos mortos não tinham qualquer anotação criminal, o que contradiz a Polícia Civil, que declarou na semana passada que todos morreram em confronto com os agentes de segurança e tinham antecedentes.

A operação da polícia no Jacarezinho, que teve a participação de 200 agentes, terminou com seis presos e 23 armas e 12 granadas apreendidas com suspeitos. As investigações que originaram as ações da polícia envolveriam arregimento de menores pelo tráfico, homicídios com sumiço de corpos e “atos terroristas” contra trens da SuperVia, e eram da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

Desde o ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu as operações policiais em favelas do Rio, que só poderiam acontecer em casos excepcionais. Para a polícia, os crimes investigados atendiam ao conceito de excepcionalidade para ir à favela cumprir 21 mandados de prisão.

No entanto, o relatório traz outra explicação para a operação, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro: o fato de a comunidade ser um dos quartéis-generais de uma grande facção criminosa da cidade. “Em razão das barricadas e das táticas de guerrilha realizadas pelos marginais, o local abrigaria uma quantidade relevante de armamentos, os quais seriam utilizados nas retomadas de favelas perdidas por facções rivais ou para se reforçar de possíveis investidas policiais”, diz um trecho do documento.

Força-tarefa

O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) anunciou nesta terça-feira (11) a criação de uma força-tarefa para investigar a operação na comunidade do Jacarezinho.

“Vislumbramos que, em razão da complexidade das investigações e da repercussão, seria importante uma atuação coletiva especializada”, disse o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.

O MP-RJ também disponibilizou um plantão no órgão, que vai funcionar 24 horas por dia para receber denúncias de irregularidades cometidas em operações policiais e estabeleceu um grupo de trabalho para debater em que situações podem ocorrer operações em comunidades.

O Ministério Público instaurou procedimento investigatório criminal para acompanhar a ação no Jacarezinho que deve durar quatro meses. Entre as primeiras medidas, um perito legista designado pela Procuradoria acompanhou, no Instituto Médico-Legal, a autópsia nos mortos na operação. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.

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