Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de agosto de 2015
O advogado do ex-ministro José Dirceu, Roberto Podval, descartou a possibilidade de o petista fazer um acordo de delação premiada. “É mais fácil matarem Dirceu do que ele fazer uma delação premiada”, disse Podval. O criminalista também afirmou que não há chances do irmão do petista, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, firmar uma negociação com o MPF (Ministério Público Federal).
Os dois estão presos desde segunda-feira, quando foram alvos da 17 fase da Operação Lava-Jato, batizada de Pixuleco. Na manhã de terça-feira, a colunista Mônica Bergamo publicou uma mensagem enviada por Dirceu à coluna afirmando que não cogitava fazer um acordo de delação. “Primeiro porque não tenho o que delatar. Segundo porque não tem nada a ver com minha vida e trajetória”, disse o ex-ministro do governo Lula.
A defesa de Dirceu recebeu a informação de que o depoimento do petista não deve ser marcado para esta semana pela PF (Polícia Federal). O próximo passo dos advogados que defendem o ex-ministro é entrar com um Recurso Ordinário Constitucional contra o habeas corpus negado a Dirceu pelo Tribunal Regional Federal.
Pixuleco
Dirceu foi apontado pelo MPF como um dos responsáveis pela criação do esquema de corrupção na Petrobras. “Chegamos a um dos líderes principais, que instituiu o esquema, permitiu que ele existisse e se beneficiou dele”, disse o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima. Os procuradores apontam Dirceu como responsável pela indicação do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que foi responsável pela negociação de contratos de obras da Petrobras de 2003 a 2012 e é acusado de cobrar propina dos fornecedores da estatal. (Folhapress)