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Por Redação O Sul | 12 de abril de 2020
Os Estados Unidos já estão em recessão. Esta é a conclusão de um levantamento realizado com 45 economistas pela Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, divulgado na sexta-feira. Pelas previsões, a contração se manterá durante o primeiro semestre, com recuperação a partir do terceiro trimestre.
“O consenso é de que o Produto Interno Bruto (PIB) declinou em taxa anualizada de 2,4% no primeiro trimestre de 2020, e vai encolher em taxa anualizada de 26,5% no segundo trimestre”, afirmou a presidente da Nabe, Constance Hunter, economista-chefe da KPMG.
Para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, muitos estados americanos impuseram restrições nas atividades econômicas. Pela facilidade de contágio, a concentração de pessoas em fábricas, escritórios e comércios poderia facilitar a disseminação da doença, que já contaminou mais de 500 mil pessoas no país, provocando mais de 20 mil mortes.
Mas as ações preventivas geram duros impactos econômicos. Em apenas 3 semanas, mais de 16 milhões de americanos entraram com pedido de seguro-desemprego, mais de 10% da força de trabalho do país, segundo dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.
Os economistas consultados pela Associação Nacional de Economia Empresarial norte-americana preveem que as taxas de desemprego, que devem ficar em 3,8% no primeiro trimestre do ano, irão disparar para 12% no segundo trimestre, caindo para 9,5% no fim de 2020 e 6% no fim de 2021.
O início da recuperação deve acontecer ainda no segundo semestre deste ano, mas as taxas não são consensuais entre os especialistas. Na média, a previsão é de crescimento de 2% no terceiro trimestre, de 5,8% no terceiro trimestre e de 6% no primeiro trimestre de 2021.
“O painel é otimista sobre o retorno do crescimento econômico na última metade de 2020”, afirmou Constance. “Apesar da deterioração acentuada nas condições do mercado de trabalho, a previsão média sugere que as condições irão melhorar até o fim do ano com o apoio de estímulos fiscais e monetários agressivos”.