Sexta-feira, 06 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2024
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, participou de reuniões em Brasília, nessa quarta-feira (6), com representantes do governo federal. Na pauta, o pedido oficial de repasses e ajuda financeira para obras emergenciais de macro e microdrenagem para fortalecer o sistema contra cheias. São obras em casas de bombas, diques, comportas e no Muro da Mauá (Centro Histórico), orçadas em mais de R$ 500 milhões.
Ele também discutiu os prazos do Auxílio Reconstrução e de empréstimos internacionais destinados a auxiliar em iniciativas de recuperação da infraestrutura da capital gaúcha após as enchentes de maio. Esta é a primeira viagem do chefe do Executivo para fora do Rio Grande do Sul desde a catástrofe ambiental.
Seus interlocutores foram os ministros Paulo Pimenta (Comunicação Social da Presidência da República) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), além do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e do presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes.
A agenda desta quinta (7) prevê mais dois encontros. Na lista estão o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Helder Melillo.
Durante a ausência de Sebastião Melo, a prefeitura de Porto Alegre está sob o comando do presidente da Câmara de Vereadores, Mauro Pinheiro. Ele permanece no exercício até a tarde desta quinta, quando a função será assumida pelo vice-prefeito Ricardo Gomes. O titular deve retornar da viagem na sexta-feira (8).
Reconstrução
O Plano de Reconstrução de Porto Alegre prevê mais de R$ 800 milhões em investimentos. Ao menos duas obras já foram iniciadas, ambas na Zona Norte: o estaqueamento da comporta número 14 do Guaíba (junto ao trecho da rua Voluntários da Pátria próximo ao shopping DC Navegantes) e a recomposição dos diques do Sarandi e Fiergs.
Também estão em execução as melhorias nas Estações de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap) de números 17 e 18, no Centro Histórico. As unidades passam por reforço estrutural e, futuramente, receberão painéis elétricos elevados e geradores próprios. Outras 16 casas de bombas devem receber intervenções semelhantes, por terem apresentado problemas durante as cheias.
Ainda de acordo com a prefeitura, em conjunto com uma empresa já contratada serão desenvolvidos projetos para as comportas que integram o sistema de proteção contra inundações. Todos os portões serão revisitados pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), que também fechará em definitivo até oito estruturas desse tipo construídas com concreto armado.
(Marcello Campos)