Domingo, 05 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de junho de 2016
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta terça-feira (21), em entrevista coletiva em um hotel em Brasília, que está “absolutamente convicto” de que não mentiu sobre possuir contas no exterior. Fazia um mês que Cunha não concedia entrevistas.
“Eu estou absolutamente convicto de que não menti. Então eu fui à CPI [da Petrobras] muito convicto de que eu não tinha conta. Minha esposa , ela detinha conta, inferior a 100 mil dólares, não tinha que se declarar. Essa é a discussão que será comprovada no processo. Minha esposa não tinha offshore, não tinha truste, ela tinha conta e a conta estava dentro do padrão do Banco Central. Ela tinha a cada 31 de dezembro do ano, saldo inferior a 100 mil dólares, por isso não era obrigada a declarar”, argumentou Cunha.
Ele também reclamou que a sua defesa tem sido “cerceada” desde que teve o seu mandato suspenso pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e parou de frequentar a Câmara. Cunha afirmou que, diante disso, pretende dar entrevistas com regularidade para “expor ao debate” e dar a sua “versão dos fatos”.
“Isso, de certa forma, tem prejudicado em muito não só a minha versão dos fatos, a minha defesa, como a comunicação”, disse. E acrescentou: “Resolvi prestar satisfações diretamente, me expor ao debate, me expor às entrevistas, porque há um nítido cerceamento de defesa e a falta de comunicação é um deles”.
Com o mandato parlamentar suspenso desde o dia 5 de maio pelo STF, Cunha está proibido de circular pelos corredores da Câmara. Por isso, a coletiva precisou ser marcada fora da Casa. Ele é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. Na semana passada, o Conselho de Ética da Câmara aprovou parecer que pede a cassação do mandato do peemedebista. (AG)