Terça-feira, 30 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Carlos Nobre redigia a coluna Muro das Lamentações no jornal A Hora, de Porto Alegre. A 26 de janeiro de 1956, publicou usando ironia e humor:
“Com o elogiável propósito de incrementar o turismo em nossa Capital, o Muro das Lamentações (em combinação com a Municipalidade) começa a apontar desde hoje os locais mais aprazíveis da cidade. Senhores turistas, vindos a esta cidade: não deixem de visitar o famoso Parque da Redenção em horas tardias da noite. Jamais esquecerão o belo espetáculo que vos será proporcionado pelos gatunos, em vos tirando todas as peças do vestuário. O local é inesquecível e vos ficará na lembrança por anos e anos, ardendo como ferro em brasa. Não percais a grande oportunidade de assistir a ação dos gângters em plena escuridão, deixando-vos em sumários trajes de Adão. Entregai vosso dinheiro e ajudai nossas economias algo combalidas. Vinde turistas do mundo e ficareis pelados na Redenção”.
Nobre era testemunha: morava em um edifício da Avenida Osvaldo Aranha, entre as ruas Santo Antônio e Cauduro. Passados 60 anos, só piorou.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.