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Rio Grande do Sul Em live com Maria da Penha, Comitê Interinstitucional lança marca de campanha integrada para proteção de mulheres no RS

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Maria da Penha parabenizou o RS pela criação do Comitê e destacou que a diminuição de feminicídios traz esperança.

Foto: Reprodução
Maria da Penha parabenizou o RS pela criação do Comitê e destacou que a diminuição de feminicídios traz esperança. (Foto: Reprodução)

Com a participação da voz que deu origem a uma mudança de paradigma na luta por igualdade de gênero no País, o Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher do RS lançou na sexta-feira (4) o nome da campanha integrada de comunicação para divulgar as ações do colegiado. A marca “Em frente, Mulher”, que se desdobra em perfis no Facebook e no Instagram (@emfrentemulher), foi apresentada em live que teve como palestrante principal a ativista Maria da Penha, que dá nome à principal legislação de proteção ao público feminino, que completou 14 anos em 2020.

Na abertura da live, realizada dentro da programação preparada pelo Comitê para os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, o governador Eduardo Leite destacou a importância de se promover cada vez mais iniciativas de engajamento de toda a sociedade para romper o histórico cultura de desvalorização das mulheres. “São séculos, ou mesmo milênios, em que houve dominação masculina sobre as mulheres. Se olharmos o aspecto histórico, são tão recentes os direitos conferidos às mulheres sobre seus próprios filhos, o direito de votar, e tantas garantias que lhes foram dadas no reconhecimento de igualdade que infelizmente, alguns homens parecem não ter saído lá de séculos atrás, com a carga cultural que carregam de ainda tentar colocar a mulher em submissão”, afirmou.

“Uma das frentes de proteção à mulher está na estrutura policial, através das Patrulhas Maria da Penha, que aumentamos fortemente neste governo (de 46 para 108 municípios atendidos)”, acrescentou Leite.

Vice-governador e secretário da Segurança Pública, o delegado Ranolfo Vieira Júnior destacou que, a partir da implantação do Programa Transversal e Estruturante RS Seguro, o Estado tem atingido importantes resultados.

“Apenas nos feminicídios, nos 11 meses de 2020 comparados com o mesmo período do ano passado, temos redução de mais de 22% nessa prática criminosa, e assim tem sido nos demais indicadores. No comparativo com 2018, temos mais de 30% de diminuição. É uma redução considerável. Claro que qualquer agressão contra a mulher, um feminicídio, já atenta contra tudo aquilo que estamos fazendo, mas os dados apontam que estamos no caminho certo”, afirmou Ranolfo.

Maria da Penha parabenizou o Estado pela criação do Comitê e destacou que a diminuição dos índices de feminicídio traz uma esperança para continuidade da luta por igualdade. A ativista também corroborou que a violência contra a mulher decorre de um contexto histórico e um arcabouço cultural.

“Em nosso País, em pleno século 20, ainda persiste o cenário de debates extensos para explicar aos nossos jovens e crianças por que em mulher não se deve bater, maltratar ou violentar. É terrível haver em nossa sociedade espaços para feminicídios, estupros coletivos, espancamento e toda sorte de violências, agravadas agora pela pandemia da Covid-19. As medidas para reversão desse processo devem ser entendidas para além do âmbito jurídico”, disse.

A ativista destacou que a lei que leva seu nome está ancorado no tripé de prevenção, punição e erradicação da violência contra mulher, que deve ser trabalhado de forma conjunta, mas com atenção primordial ao primeiro pilar. Conforme Maria da Penha, as redes sociais podem ser uma ferramenta para levar a todas as mulheres informações como quais os primeiros sinais de uma relação abusiva?; como denunciar?; e quais os tipos de violência previsto na lei? “As respostas a essas perguntas podem ser o estímulo que falta para que uma mulher possa romper com o ciclo da violência”, afirmou.

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