Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2020
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr, em live nesta sexta-feira (3) adiantou algumas das informações do próximo decreto, que deve ser publicado ainda no fim de semana. Já estarão interditados a partir deste sábado (04) os parques Moacyr Scliar (trecho 1 da orla), Gabriel Knijnik, Germânia, Chico Mendes e Harmonia. Outras medidas restritivas serão válidas por 15 dias a partir de segunda-feira (06).
As medidas incluirão: suspensão das atividades de academias, salões de beleza, lojas de eletroeletrônicos e Mercado Público, bem como de igrejas, cultos e templos; novo controle de entradas em supermercados e hipermercados, além da restrição de apenas um adulto por família dentro desses estabelecimentos; suspensão da Área Azul; interdição de bolsões de estacionamentos como os do Parque Marinha e Viaduto da Borges de Medeiros, próximo a elevada do Hospital Mãe de Deus; redução de atendimento simultâneo em lojas de ferragens e materiais de construção (um cliente por atendente).
Marchezan afirma que o apelo para “ficar em casa” nunca foi tão decisivo quanto agora. “Estamos no limiar entre a manutenção das atuais restrições e a avaliação de novas medidas, mais drásticas e totalmente indesejadas, mas que podem ser necessárias para salvar vidas caso sigamos totalmente pressionados pelos impactos da Covid-19 à nossa rede hospitalar”, antecipa. Em março, os índices de isolamento social alcançaram os níveis mais altos verificados na Capital, chegando a 71% em um domingo (22/03) e a 60% em uma quinta-feira (26/03).
No início da noite desta sexta-feira, o número de pacientes em leitos de UTI por coronavírus na rede hospitalar de Porto Alegre chegou a 222, entre confirmados (175) e suspeitos (47). Ao extrapolar o limite de 174 leitos previstos para a primeira fase do plano de contingência hospitalar da cidade e empurrar a Capital para uma etapa mais crítica de controle da pandemia, a gestão das estruturas de saúde é mobilizada para remanejar leitos, pacientes e destinar mais vagas em função da alta demanda por internações em unidades de terapia intensiva.
O panorama de demanda hospitalar, segundo o prefeito Nelson Marchezan Júnior, motivou a adoção de novas restrições à circulação de pessoas na Capital, com medidas que classificou como “um sinal muito forte aos porto-alegrenses”.