Domingo, 13 de julho de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Em meio à tensão com a Ucrânia, Putin se reúne com Xi em Pequim: Rússia e China anunciam aliança “sem limites”

Compartilhe esta notícia:

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa de reunião com o presidente da China, Xi Jinping, em 4 de fevereiro de 2022 em Pequim.

Foto: Reprodução
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa de reunião com o presidente da China, Xi Jinping, em 4 de fevereiro de 2022 em Pequim. (Foto: Reprodução)

Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, publicaram uma declaração conjunta criticando a “influência americana” e o “papel das alianças militares ocidentais” como fatores desestabilizadores na Europa e na Ásia. A declaração reunindo as visões compartilhadas por Pequim e Moscou foi divulgada após midiático encontro entre Xi e Putin nesta sexta-feira (4), antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.

A reunião de cúpula em Pequim marca a primeira vez que os líderes mundiais se encontram presencialmente desde o começo da pandemia. Visto por observadores ocidentais como uma manifestação de apoio à posição russa em meio à crise na Ucrânia – sendo descrito pelo The New York Times como “uma demonstração de solidariedade altamente coreografada” –, o encontro foi marcado pelo comunicado conjunto final, que apresenta a união dos dois países na oposição às potências ocidentais.

O encontro acontece enquanto a China acusa os Estados Unidos de alimentar protestos em Hong Kong e incentivar a independência em Taiwan. A Rússia disse que os americanos estão desempenhando um papel desestabilizador semelhante na Ucrânia.

Apesar de não mencionar diretamente a crise na Ucrânia, o comunicado conjunto cita diretamente a Otan, com o endosso de Pequim às demandas de Moscou contra a expansão do bloco em direção ao Leste – um dos principais pontos de controvérsia no acirramento atual. “Os lados [China e Rússia] se opõem a uma maior ampliação da Otan e pedem à Aliança do Atlântico Norte que abandone suas abordagens ideologizadas da Guerra Fria”.

“Rússia e China se opõem às tentativas de forças externas de minar a segurança e a estabilidade em suas regiões adjacentes comuns”, afirma o documento. E acrescenta que as potências “pretendem combater a interferência de forças externas nos assuntos internos de países soberanos sob qualquer pretexto, se opor às revoluções coloridas e aumentar a cooperação nas áreas mencionadas”.

Os dois países também denunciaram a “influência negativa dos Estados Unidos na paz e na estabilidade da região Ásia-Pacífico”, manifestando sua “preocupação” também com a criação aliança militar entre Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, conhecida como Aukus. Para Putin e Xi, esta associação, concentrada, sobretudo, na fabricação de submarinos nucleares, “afeta questões de estabilidade estratégica”.

Nos dias que antecederam a reunião, Pequim expressou apoio às queixas de Putin e se juntou à Rússia para tentar bloquear ações contra a Ucrânia no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em contrapartida, poucas horas antes da reunião, os Estados Unidos alertaram a China contra ajudar a Rússia a evitar possíveis sanções relacionadas à crise na Ucrânia.

Washington e seus aliados “têm uma série de ferramentas” que podem ser empregadas contra “empresas estrangeiras, incluindo as da China” que tentam evitar possíveis medidas punitivas contra a Rússia, disse o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price a repórteres na quinta-feira (3). Ele se recusou a oferecer detalhes, mas autoridades ocidentais impuseram sanções a instituições financeiras russas, restrições às exportações de tecnologia dos EUA e sanções pessoais contra líderes do Kremlin e seus associados.

O apoios econômico e político da China a Putin podem minar a estratégia americana de isolar o líder russo para a escalada militar. Eles também podem sinalizar uma mudança profunda na rivalidade entre os Estados Unidos e a China, com possíveis reverberações na Europa para o Pacífico.

Xi e Putin sinalizaram que seus países trabalharão para estabelecer laços mais estreitos em comércio, diplomacia e segurança. “A amizade entre os dois Estados não tem limites”, disse a dupla no comunicado.

Vários acordos comerciais foram assinados nesta sexta, mas os valores não foram divulgados. Um deles prevê o fornecimento de 100 milhões de toneladas de petróleo bruto russo para a China, via Cazaquistão, nos próximos dez anos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Estação Espacial Internacional cairá na Terra em 2031, afirma a Nasa
Jogos de Inverno têm cerimônia rápida e simples no mesmo palco de Pequim-2008
https://www.osul.com.br/em-meio-a-tensao-com-a-ucrania-russia-e-china-anunciam-alianca/ Em meio à tensão com a Ucrânia, Putin se reúne com Xi em Pequim: Rússia e China anunciam aliança “sem limites” 2022-02-04
Deixe seu comentário
Pode te interessar