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Brasil Em plena crise hídrica, empresas do setor elétricos lucraram mais de 40 bilhões de reais no ano passado

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As companhias listadas na Bolsa, incluindo estatais, tiveram uma média mensal de lucro de R$ 4,5 bilhões no ano passado. (Foto: Caio Coronel/Itaipu Binacional)

As empresas do setor elétrico listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, lucraram juntas R$ 40 bilhões nos nove primeiros meses do ano passado, últimos dados disponíveis, de acordo com levantamento feito pela consultoria Economática.

Num ano marcado pela crise hídrica e com risco de racionamento de energia, as empresas do segmento aumentaram seus rendimentos na comparação com anos anteriores.

São empresas de geração, transmissão e distribuição de energia, incluindo estatais como Eletrobras e Cemig, que têm ações negociadas na Bolsa. De um total de 39 empresas analisadas, quatro registraram prejuízos.

Contando com esses resultados, as empresas do setor elétrico tiveram uma média mensal de lucro de R$ 4,5 bilhões, um avanço em relação aos R$ 3,7 bilhões de 2020, no auge dos efeitos econômicos da pandemia, mas ainda sem crise de geração nas hidrelétricas.

A marca também é maior que as médias mensais de 2019 (R$ 3,1 bilhões) e de 2018 (R$ 2,7 bilhões).

Pelas regras do setor elétrico, a maior parte da alta nos custos de geração é repassada para os consumidores residenciais e industriais por meio das contas de luz. Empresas do setor mais eficientes conseguem então lucrar mais, independentemente do cenário hídrico.

Além disso, em 2020, o governo editou um socorro de R$ 14,8 bilhões para o setor, por meio de um financiamento tomado pelas distribuidoras de energia junto a um pool de bancos.

Todo o valor será pago pelos consumidores por meio das contas de luz ao longo de cinco anos e meio. Um novo empréstimo, nesse mesmos moldes, já foi autorizado e está em preparação para este ano, com o objetivo de evitar um “tarifaço” nas contas de luz num ano eleitoral.

Conta de luz

Entre 2015 e 2021, a tarifa residencial de energia elétrica teve alta de 114%. O percentual representa mais que o dobro do aumento da inflação (48%), acumulada no mesmo período. O salário mínimo, por sua vez, cresceu apenas 53,08%.

De acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), a conta de luz do brasileiro teve aumento de 137% a mais que a inflação nos últimos 7 anos. O salário mínimo cresceu apenas 53,08%, com isso inflação tarifária de energia elétrica no período teve impacto de 10,65% da variação do IPCA.

Já para os consumidores inseridos no Mercado Livre de Energia Elétrica os preços oscilaram 25% abaixo da inflação entre 2015 e 2021. Isso porque nessa modalidade de cobrança os clientes podem negociar de forma livre os contratos juntamente às distribuidoras de energia, obtendo vantagens e descontos no valor das tarifas. Apenas consumidores que possuem consumo acima dos 500 KW.

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