Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2021
A Renovigi Energia Solar, empresa que desenvolve sistemas fotovoltaicos, está lançando um novo sistema autônomo. A tecnologia tem uma bateria de lítio para armazenar energia solar nos períodos em que não há geração de luz, fazendo com que o sistema funcione independente da rede elétrica.
O diretor comercial, de marketing e novos negócios da Renovigi, Antônio Carlos Federico, diz que o sistema foi desenvolvido há apenas oito meses e traz diversos benefícios para o produtor rural. “É um sistema totalmente desconectado da rede elétrica, o que é muito bom porque tem propriedades distantes da rede de distribuição”, afirma.
Segundo Federico, são instalados painéis solares no solo ou no telhado da propriedade, que são ligados a um inversor inteligente que transforma e gerencia a energia. “É muito interessante porque, diferente do sistema convencional, você pode usar o sistema solar durante o dia, e a bateria durante a noite”, aponta.
O diretor destaca que a bateria de lítio não requer manutenção. “É uma bateria bem diferente das automotivas, e não há nada muito diferente na instalação. Você só vai precisar cobrir a bateria e o inversor. São pequenos, não aquecem e não geram ruído”, diz.
Paraná
Mesmo com o programa Tarifa Rural Noturna (TRN) mantido no Paraná, os produtores estão focados em investir em outra fonte de energia: a fotovoltaica, que reduz os custos e diminui a dependência dos serviços de energia elétrica.
O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Paraná, Marcos Brambilla, relata que está havendo uma grande movimentação através de organizações como sindicatos, cooperativas e outros para incentivar o consumo de energia renovável.
“A tendência é que podemos caminhar para um ambiente em que podemos também produzir energia e isso vem sendo construído juntamente com o governo e todo o setor produtivo”, conta.
“O problema que temos hoje com a TRN é que ela prevê das 21h30 às 6h um subsídio de 60% do custo garantia, o que pode corresponder a 20% do custo da produção. Estamos trabalhando em uma política de crédito rural do governo federal e estadual, onde o governo do estado estaria subsidiando, ou seja, o agricultor estaria pegando recursos públicos com juros subsidiados, ou seja, taxa de juros zero”, completa.
Segundo Brambilla, o incentivo de energia elétrica beneficiaria a todos, tanto os agricultores que utilizam a energia parcialmente quanto para os que usam 24h por dia.