Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2022
Uma empresa líder no mercado de aquários da França decidiu parar de vender aquários redondos porque eles enlouquecem os peixes e os matam rapidamente.
A líder francesa no mercado de produtos para animais de estimação, a AgroBiothers Laboratoire, não venderá mais qualquer aquário com capacidade para menos de 15 litros, e venderá apenas os que forem retangulares, porque colocar peixes em pequenos repositórios, sem filtragem e oxigenação, é abuso de animais, disse.
“As pessoas compram um peixinho dourado para os filhos por impulso, mas se soubessem a tortura que é, não o fariam. Girar em círculos em uma aquário pequeno deixa os peixes loucos e os mata rapidamente”, disse o CEO da AgroBiothers, Matthieu Lambeaux.
Os peixes dourados podem viver até 30 anos e crescem a cerca de 25 cm em grandes aquários ou lagoas ao ar livre, mas, em pequenos aquários, muitas vezes morrem em semanas ou meses.
Ele disse que o peixe dourado é um animal social que precisa da companhia de outros peixes, espaço amplo e água limpa, e que ter um aquário exige um mínimo de equipamentos e conhecimento.
A França é o maior mercado da Europa para peixes vermelhos de aquário, com cerca de 2,3 milhões de peixes, disse Lambeaux.
A Alemanha e vários outros países europeus baniram aquários há muito tempo, mas a França não tem legislação sobre o assunto.
“É um anacronismo francês, por isso decidimos tomar medidas. Não podemos educar todos os nossos consumidores para explicar que manter um peixe em um aquário é cruel. Consideramos nossa responsabilidade não dar mais essa opção aos consumidores”, disse Lambeaux.
A AgroBiothers, que tem uma parcela de 27% do mercado francês de produtos para animais de estimação, vendeu cerca de 50 mil aquários por ano, a cerca de 20 euros cada, nos últimos anos.
“Há demanda por aquários, mas a realidade é que damos às crianças a possibilidade de ver o peixe dourado morrer vagarosamente”, disse.
Briga de animais
No Brasil, um grupo de 10 visitantes quebrou o vidro de uma jaula para separar um casal de iraras que brigava no Parque Bosque dos Jequitibás, em Campinas (SP). Uma pessoa que estava no local relatou que um dos animais, que tinha dificuldade para andar, foi atacado pelo outro.
A visitante afirmou que o grupo tentou contato com a administração interna do bosque para evitar que uma da iraras ficasse ferida, mas ninguém foi encontrado. Eles usaram uma pedra para quebrar o vidro. Um adolescente de 15 anos entrou na jaula para separar os animais.
A pessoa afirmou também que, além da dificuldade em andar, o animal parecia ser cego de um olho. O irara agredido não apresentava ferimentos visíveis.