Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2024
O empresário Abilio Diniz morreu na noite desse domingo (18) aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite. Ele estava internado no hospital Albert Einstein, na capital paulista, há mais de duas semanas tratando uma pneumonia.
Abilio estava de férias em janeiro em Aspen, nos Estados Unidos, se recuperando de duas cirurgias no joelho. Lá, começou a passar mal e retornou ao Brasil.
“É com extremo pesar que a família Diniz informa o falecimento de Abilio Diniz aos 87 anos neste domingo, 18 de fevereiro de 2024, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite. O empresário deixa cinco filhos, esposa, netos e bisnetos, e irá ao encontro do seu filho João Paulo, falecido em 2022. Desde já, a família agradece a todas as mensagens de apoio e carinho”, diz a família em nota.
Abilio Diniz tinha seis filhos, quatro deles do primeiro casamento e os dois mais novos com a atual esposa. Em agosto de 2022, perdeu o filho João Paulo Diniz, morto após um infarto aos 58 anos.
Foi durante quase seis décadas presidente e controlador do grupo Pão de Açúcar, fundado por seu pai. Depois de uma feroz disputa judiciária com seu sócio francês, o Casino, vendeu em 2013 sua participação na empresa, mas não deixou o varejo de supermercado.
Tornou-se sócio do Carrefour (ocupava a vice-presidência do conselho de administração do Carrefour Brasil e integrava o board do Carrefour mundial, onde era um dos maiores acionistas).
A Península, a empresa de participações da família Diniz, é atualmente o segundo maior acionista do Carrefour global. Detém 8,4% de participação e 13,73% do capital votante – à sua frente, somente a família Moulin. Abilio era o presidente do conselho da Península.
Em 11 de dezembro de 1989, Diniz foi vítima de um sequestro em São Paulo que durou seis dias. Seus sequestradores, procedentes de vários países sul-americanos, foram presos.
Amante dos esportes
Diniz manteve o esporte quase com a mesma obsessão que os negócios. Ele mesmo admitiu, várias vezes, que adorava competir, mas odiava perder. Chegou a atuar profissionalmente em modalidades como automobilismo, polo e motonáutica — sendo inclusive premiado. O empresário se notabilizou também por manter — e divulgar a seus admiradores — sua rígida rotina de exercícios físicos e de alimentação saudável.
Há alguns anos revelou sua agenda esportiva durante semana: jogava squash duas vezes, treinava boxe, corria na esteira, fazia bicicleta e, quando estava machucado, nadava. Também fazia fortalecimento muscular das pernas e braços. A piscina e a academia, dizia, eram uma espécie de válvula de escape para o stress cotidiano.
Em sua última postagem em redes sociais, em 17 de janeiro passado, revelou uma frustração: não poderia esquiar nestas férias. Em vídeo gravado em meio a uma paisagem repleta de neve, ele revelou que estava se recuperando de duas cirurgias no joelho. Mas garantiu que esperava em breve poder voltar a praticar um dos seus esportes preferidos com a família.
Era um fanático torcedor do São Paulo. Assistia pela TV aos jogos do time e tinha por hábito ligar para treinadores e dirigentes do clube para dar palpites.