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Brasil Entenda a rusga entre o escritor Olavo de Carvalho e o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão

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O guru bolsonarista Olavo de Carvalho (E) e o vice-presidente Hamilton Mourão. (Foto: Reprodução)

“Se prosperar, vou para a praia.” Assim respondeu o general e vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) ao ser questionado sobre o pedido de impeachment contra ele protocolado pelo deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). Contradições com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e um suposto comportamento conspiratório de Mourão foram alguns dos motivos suscitados pelo deputado para exigir a sua destituição.

Na quinta-feira, outro ator foi apontado como preponderante no atrito entre o general e o pastor. Personagem constante nos mandos e desmandos do governo, o guru bolsonarista Olavo de Carvalho teria participado da decisão de Feliciano sobre Mourão. A concordância de Carvalho com relação ao impeachment não causa estranheza, já que ele vem travando embates com Mourão desde a posse de Bolsonaro.

Apesar de Olavo de Carvalho ter negado a sua influência na decisão, Marco Feliciano fez uma série de publicações em seu perfil no Twitter elencando as visões do escritor sobre o governo de Jair Bolsonaro, incluindo a sua opinião sobre Mourão.

Atritos

Em um curto bastidor publicado pelo jornalista Guilherme Amado na revista Época, Mourão elencou as leituras às quais estava se dedicando no início do governo. Citou “Colony to Superpower”, do norte-americano George Herring, e “Estado Fraturado”, do articulista de direita Denis Rosenfield. Questionado se teria lido obras de Olavo de Carvalho, Mourão emitiu apenas “um riso de deboche”. Foi o bastante para uma série de ofensas proferidas pelo guru em suas redes sociais.

Confrontado pela imprensa com questões como o exílio do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) – que deixou o País após receber ameaças de morte – e descriminalização do aborto, Mourão deu declarações que vão contra o que pensa a maior parte do eleitorado bolsonarista. Sobre Wyllys, disse que “ameaça é um crime contra a democracia”. Sobre o aborto, afirmou que deve ser “um direito da mulher”.

As declarações deixaram Olavo de Carvalho irritado. “Mourão dá ares de coisa séria às mentirinhas bobas do Jean Wyllys sobre as ‘ameaças’ que recebe”, escreveu no seu Facebook. Ele completou: “Que é que falta para alguém entender que ele [Mourão] é INIMIGO E COMPETIDOR do presidente em vez de seu auxiliar?”.

No mesmo dia, Carvalho publicou outro ataque, dessa vez afirmando que o vice-presidente “se considera autoridade superior ao presidente por estar acima dele na hierarquia militar e maçônica”. Naquele dia, Mourão era o presidente em exercício, enquanto Bolsonaro estava internado após uma cirurgia no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

“O maior erro da minha vida de eleitor foi apoiar o general Mourão. Não cessarei de pedir desculpas por essa burrada”, escreveu Olavo de Carvalho no dia 6 de março, em mais uma de suas bordoadas em Mourão. O escritor ainda disse que Mourão “afaga os que odeiam o presidente e ofende os que o amam” e chamou-o de “extremista fanático”.

Um dia depois, questionado sobre as críticas, Mourão foi irônico. “Beijinho”, disse, levando as mãos aos lábios e sorrindo para os repórteres.

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