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Política Escritório da primeira-dama do Rio de Janeiro recebia 15 mil reais mensais de empresa suspeita

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O casal está entre os denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção na área da saúde. (Foto: Reprodução/Twitter)

Um ano e sete meses depois de ser eleito com a bandeira do combate à corrupção e o apoio da família Bolsonaro, o governador do Rio, Wilson Witzel, virou um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF).

Agentes cumpriram, na terça-feira (26), mandados de busca e apreensão em 12 endereços, incluindo o Palácio Laranjeiras e a casa na qual ele morou, no Grajaú. O principal objetivo era o recolhimento de provas do suposto envolvimento de Witzel e sua mulher, Helena, em fraudes relacionadas a contratos emergenciais para o combate à pandemia do novo coronavírus no Estado.

Um dos elementos que levaram à operação foi o fato de, durante as investigações, agentes terem descoberto que o escritório de advocacia da primeira-dama do Estado, Helena Witzel, recebeu, a partir do ano passado, R$ 15 mil mensais da DPAD Serviços Diagnósticos, que tem como sócios Alessandro Duarte e Juan de Paula, segundo informou o Jornal Nacional, da TV Globo. Eles são ligados ao empresário Mário Peixoto, preso este mês sob a acusação de comandar um esquema que superfatura vendas e serviços para a Secretaria de Saúde e que teria começado ainda no governo de Sérgio Cabral, preso após ter esquemas de corrupção descobertos.

Na terça, logo após a ação de busca e apreensão, o governador reagiu: disse que a chamada Operação Placebo deixou claro o aparelhamento político da Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de “fascista” e “tirano”. Este, por sua vez, sorriu quando foi perguntado sobre o assunto e parabenizou a PF. Mas negou relação com a ação, que foi ordenada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Bem antes de virar um inquérito no STJ por conta do foro privilegiado do governador, a investigação que deu origem à operação começou na Polícia Civil do Rio. Agentes teriam encontrado indícios da participação do ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves, que está preso, na escolha de empresas que venderam respiradores ao Estado. Foram comprados mil aparelhos com preços superfaturados, mas apenas 33 equipamentos foram efetivamente entregues.

O inquérito passou, então, para o Ministério Público do Rio, e, com a apuração chegando ao alto escalão do Palácio Guanabara, foi parar no Ministério Público Federal.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal apreendeu no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, computadores e celulares de Witzel.

Procurado, o escritório de Helena Witzel, HW Assessoria Jurídica, divulgou uma nota:

“Sobre a ação de busca e apreensão realizada no escritório e em sua atual residência, a advogada Helena Witzel, responsável pelo escritório HW Assessoria Jurídica, esclarece que:

1 – A diligência nada encontrou que pudesse comprovar alegações de seus requerentes;

2 – A HW Assessoria Jurídica prestou serviços para a empresa apontada pelo MPF, tendo recebido honorários, emitido nota fiscal e declarado regularmente os valores na declaração de imposto de renda do escritório;

3 – A advogada Helena Witzel reitera seu respeito às instituições, mas lamenta que a operação tenha sido imbuída de indisfarçada motivação política, sendo sintomático, a esse respeito, que a ação foi antecipada na véspera por deputada federal aliada do presidente Jair Bolsonaro.”

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