Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na tarde desta segunda-feira (16) que espera que a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, que perdeu as eleições para ele em 2016, concorra novamente à Casa Branca.
“Espero que Hillary seja candidata. Hillary por favor volte a se candidatar. Vamos!”, disse Trump em entrevista coletiva.
O presidente também considerou que a postura de Hillary Clinton em apoio aos jogadores da Liga Profissional de Futebol Americano (NFL, na sigla em inglês), que se ajoelham durante a execução do hino nacional para protestar “contra o racismo e a injustiça” é um exemplo de por que perdeu a eleição de 2016.
“Honestamente, este é o tipo de comportamento que a levou a perder a eleição”, declarou Trump, acrescentando que o gesto dos jogadores da NFL é “uma falta de respeito à bandeira e ao país”.
Hillary Clinton já disse que não concorrerá novamente à presidência dos Estados Unidos.
O presidente americano disse também que de forma alguma fez “conluio” com altos funcionários da Rússia na eleição do ano passado e que não pretende demitir o conselheiro Robert S. Mueller, que lidera as investigações sobre o caso.
Ainda sobre relações internacionais, o presidente americano disse acreditar que o governo de Cuba tem responsabilidade nos ataques sônicos contra funcionários da embaixada do país em Havana e que o Congresso precisa fazer algo a respeito da Ação Diferida para Chegadas na Infância (Daca, na sigla em inglês).
Trump intimado
Uma mulher que acusa Trump de assédio sexual pediu que ele entregue à Justiça toda a documentação relativa a seu caso e ao de outras pessoas que dizem ter sido vítimas do mandatário.
A autora da ação é Summer Zervos, uma ex-participante do programa “The Apprentice” (“O Aprendiz”), reality show apresentado por Trump durante 14 anos, que acusou o magnata de a tocar e beijar “por todos os lados” durante um encontro de trabalho em 2007.
Summer move um processo por difamação contra Trump e, durante uma audiência, pediu em juízo para o presidente entregar notas, fotos, gravações de áudio, mensagens de texto, recibos e qualquer outro tipo de dado relacionado à denúncia de assédio sexual.
Segundo ela, o presidente deu “declarações falsas e difamatórias” após ela tê-lo acusado publicamente. A audiência em questão ocorreu em março de 2017, mas chegou à imprensa apenas agora, em meio ao escândalo dos abusos cometidos pelo produtor de Hollywood Harvey Weinstein.
Trump tem até 31 de outubro para entregar os documentos, inclusive aqueles relativos a qualquer outra pessoa que o tenha acusado de assédio.
Durante a campanha eleitoral do ano passado, diversas mulheres denunciaram supostos assédios cometidos pelo republicano, que também foi gravado em um vídeo de 2005 dizendo que é possível fazer qualquer coisa com elas “quando se é famoso”.
Em uma coletiva de imprensa nesta segunda, Trump afirmou que as acusações de assédio contra ele são “notícias falsas”. “Tudo inventado, e é vergonhoso que isso aconteça”, declarou.