Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Ao final do primeiro mês do ano, afirmam-se algumas convicções: a faxina no País levará a que legislações não sejam aprovadas com tanta benevolência, favorecendo a poucos. Os corruptos não continuarão inimputáveis e cairá o número de roubalheiras. A achincalhação, o escárnio, a troça com a coisa pública enfrentará freios rigorosos.
EXPULSÃO À VISTA
Dos 21 deputados federais do PDT, oito estão propensos a votar em Rodrigo Maia para a presidência da Câmara. Entrarão na linha de tiro do cacique nacional Carlos Lupi ao desprezarem André Figueiredo, candidato do partido.
RETRATO DO EXAGERO
O vencedor da eleição à presidência da Câmara dos Deputados, marcada para 2 de fevereiro, vai administrar quadro com 3 mil e 100 servidores concursados; 1 mil e 600 cargos de natureza especial e 10 mil e 100 secretários parlamentares.
TAMANHO DO PROBLEMA
O INSS registrou déficit de 149 bilhões e 734 milhões de reais em 2016. O rombo é 74,5 por cento maior do que o registrado em 2015. Quer dizer, chegará um momento em que faltará dinheiro para o pagamento de aposentadorias e pensões. Não é o suficiente para discutir a reforma da Previdência?
SEM SOBRESSALTOS
Votação para aumento de impostos, que ninguém deseja, só em 2018. A Constituição federal adotou o princípio da anualidade tributária como proteção dos contribuintes para evitar surpresas. Não se trata de inovação dos constituintes de 1988. O princípio foi instituído desde a época do rei João Sem Terra, da Inglaterra, no século XIII.
RAPIDEZ
O placar eletrônico Impostômetro, às 20h e 59min de sexta-feira, atingiu 200 bilhões de reais. Às 20h e 59min de ontem subiu para 207 bilhões e 120 milhões. É o total arrecadado para os cofres públicos desde 1º de janeiro deste ano.
COMPARAÇÕES
O orçamento da Prefeitura de Porto Alegre para este ano é de 7 bilhões de reais. O do Rio de Janeiro vai a 46 bilhões e o de São Paulo a 54 bilhões.
PASSEM ADIANTE
Sobre a crise sem fim nos presídios, os governos estaduais comprovam a mistura de incompetência e pouco interesse em resolver. Cabe usar o velho ditado: quem não consegue fazer, arrume quem faça!
SEM REAÇÃO
A droga está nas esquinas, nas escolas, nas comunidades, no Congresso Nacional, no bolso e no desejo de adultos e, o pior, de adolescentes cujos pais não enxergam ou não conseguem reprimir. É outro desafio diante do qual o poder público entregou os pontos.
FALSO BRILHANTE
Quando surgiu como meteoro do sucesso, era apresentado assim pelas revistas semanais de informação: “A nova leva de milionários brasileiros tem Eike Batista como ídolo, trabalha muito, compete honestamente, orgulha-se de gerar empregos e não se envergonha da riqueza”.
RÁPIDAS
* Quem poderia imaginar que universidades públicas brasileiras começariam a fechar por falta de dinheiro?
* Donald Trump inspirou-se em Piston de Gafieira, composição de Billy Blanco: “Quem está fora não entra.”
* Homens públicos são humanos e podem errar. Chata é a frequência.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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