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Economia Estados Unidos flexibilizam sanções contra a Venezuela

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Responsável pelo cerimonial da posse, no entanto, não confirma a vinda de Maduro. (Foto: Reprodução)

Os EUA confirmaram, na terça-feira, que vão flexibilizar algumas das sanções impostas contra o governo da Venezuela, afirmando que se trata de uma forma de promover a retomada do diálogo entre os representantes do presidente Nicolás Maduro e da oposição. As ações incluem a retirada de um funcionário da estatal PDVSA da lista de pessoas sob sanções e uma permissão para que a petrolífera Chevron retome conversas com as autoridades locais.

“Os EUA estão tomando uma série de medidas a pedido do governo interino da Venezuela [do presidente autoproclamado Juan Guaidó, reconhecido pelos EUA] e da plataforma Unidade, de partidos de oposição, que negociam com o regime venezuelano, para respaldar sua decisão de regressar à mesa de negociações na Cidade do México”, afirmou um funcionário do governo americano, durante conferência por telefone com jornalistas.

De acordo com a Reuters, citando fontes do governo americano, uma das principais medidas seria uma autorização para que a empresa petrolífera Chevron comece negociações com o governo Maduro, algo vetado por Washington desde 2019. Na época, as sanções às vendas de petróleo foram uma resposta do então presidente Donald Trump à reeleição de Maduro, em 2018, em uma votação considerada fraudulenta pelos americanos.

Segundo uma das fontes ouvidas pela Reuters, essa permissão terá alguns limites, que não foram revelados por ele, e tem como objetivo acelerar o diálogo entre governo e oposição no México, suspenso desde outubro do ano passado. Ainda não há, por exemplo, sinais de uma licença para que a Chevron mantenha alguns ativos em solo venezuelano, tampouco a permissão para que a empresa feche novos contratos. O Departamento do Tesouro também poderá, segundo a fonte, anunciar novas medidas mais à frente, mas sem permitir que o regime tenha um aumento de financiamento externo.

Em uma série de publicações no Twitter, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez confirmou as informações sobre as autorizações a empresas petrolíferas dos EUA e da Europa – estas ameaçadas pelas sanções secundárias – para que voltassem a operar na Venezuela, e chamou as sanções de “ilegítimas” e de “bloqueio desumano”. Ela ainda afirmou que seu governo “seguirá promovendo de maneira incansável o diálogo”, dentro e fora da Venezuela.

“O Governo Bolivariano da Venezuela verificou e confirmou a notícia publicada de que os Estados Unidos da América autorizaram as companhias petrolíferas americanas e europeias a negociar e reiniciar as operações na Venezuela”, publicou Delcy. “A Venezuela espera que essas decisões dos Estados Unidos da América sejam o início para o levantamento absoluto das sanções ilícitas que afetam a todo nosso povo”.

Desde a decisão da Casa Branca de impor um embargo às exportações de petróleo russo, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, Washington e Caracas vêm dando sinais de que poderiam retomar seu diálogo para ajudar a suprir a demanda dos americanos, ainda mais no momento em que o país enfrenta uma alta considerável dos preços de combustíveis, e que podem afetar as perspectivas do Partido Democrata, de Biden, nas eleições legislativas de novembro.

Em março, Maduro afirmou ter tido um encontro “respeitoso, cordial e diplomático” com representantes dos EUA, e disse que estava retomando “com muita força” o diálogo com os oposicionistas. Em troca, afirmou, ouviu promessas de que a política de sanções poderia ser revista “se avanços consideráveis fossem registrados no âmbito destas negociações”.

“Fizemos a reunião no gabinete presidencial”, disse o presidente em um discurso na TV, no dia 8 de março. “Lá estavam as duas lindas bandeiras, unidas como deveriam estar as bandeiras dos Estados Unidos e da Venezuela. Pareceu muito importante poder, cara a cara, conversar sobre temas de máximo interesse da Venezuela. Podemos avançar em uma agenda que permita o bem-estar e a paz dos povos de nosso hemisfério, de nossa região.”

Dias depois, dois cidadãos americanos que eram mantidos em poder das autoridades venezuelanas foram liberados, mas a Casa Branca garantiu que a decisão não estava ligada a uma possível retomada das licenças para exportação de petróleo, que antes de 2019 representavam 96% das receitas da Venezuela.

Em comunicado, a plataforma Unidade negou ter defendido a suspensão de sanções individuais, e disse que “alcançar qualquer acordo só será possível depois que forem dados passos concretos para que se obtenham a liberdade e a democracia na Venezuela. O texto ainda cobra o estabelecimento de uma data para a retomada das negociações na Cidade do México. Em março, os oposicionistas defenderam que o fim das sanções “deve estar condicionado a um progresso real em direção à transição para a democracia e a liberdade na Venezuela”, escreveu em um comunicado o gabinete de Juan Guaidó.

Agora, com as novas medidas anunciadas nesta terça-feira, espera-se que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e a oposição do país anunciem a retomada das negociações, já que Washington afrouxa algumas sanções para facilitar o caminho para os acordos, segundo autoridades dos EUA e outras fontes familiarizadas com o assunto. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

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https://www.osul.com.br/estados-unidos-flexibilizam-sancoes-contra-a-venezuela/ Estados Unidos flexibilizam sanções contra a Venezuela 2022-05-18
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