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Cinema ESTREIA – Efeitos especiais e elenco garantem diversão em “Terremoto: A Falha de San Andreas”

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Dwayne Johnson divide a tela com Carla Gugino. (Foto: Reprodução)

Na escala Richter, usada pelos cientistas para quantificar a magnitude de um abalo sísmico, cada grau a mais significa 10 vezes mais intensidade no terremoto. Como, em todo filme-desastre, os fenômenos naturais são gigantescos e exagerados quando comparados com a realidade, não é de se espantar que em “Terremoto: A Falha de San Andreas” os abalos sejam dois graus maiores do que as previsões reais de sismólogos da região da Califórnia e atinjam um recorde de magnitude.

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Neste blockbuster, tudo é em grande escala, dos efeitos especiais, passando pelas mortes não contadas, ao protagonista, encarnado por Dwayne Johnson, o “The Rock”. Por outro lado, no entanto, o roteiro de Carlton Cuse e a construção dos personagens são tão fracos, que nem são necessários abalos secundários para derrubá-los. A história acompanha, prioritariamente, Ray (Dwayne Johnson), piloto de helicópteros da equipe de resgate dos bombeiros de Los Angeles, e seus familiares.

Mas também é focado, em certos momentos, no sismólogo Dr. Lawrence Hayes (Paul Giamatti) e sua equipe que, capazes de prever os abalos, tentam alertar para o risco de uma sequência de grandes terremotos no decorrer da falha de San Andreas, especialmente em San Francisco, que causarão uma grande destruição e a separação desta porção de terra da Califórnia do continente.

Ray, que já perdeu uma de suas filhas em um afogamento acidental, o que gerou uma crise no seu casamento – sua ex-mulher (Carla Gugino) já está com um novo namorado (Ioan Gruffudd), para o temor dele –, inicia uma missão de resgate pessoal quando sua outra filha, Blake (Alexandra Daddario), enfrenta os terremotos na companhia de dois irmãos ingleses, Ben (Hugo Johnstone-Burt) e Ollie (Art Parkinson).

Antes de mais nada, toda a lenda em torno da tal falha, que nada mais é do que o afastamento de duas placas tectônicas que se encontram no Estado, não é de toda errada, pois uma divisão pode ocorrer durante milhões de anos, sendo acelerada por um grande sismo.

A partir disso, o diretor Brad Peyton, de “Viagem 2: A Ilha Misteriosa” (2012) e “Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Galore” (2010), tinha nas mãos a oportunidade de trabalhar diversos temas – segregação, divisões regionais, políticas e sociais no país entre outros que vier à cabeça – fazendo analogias com esse desastre natural. Mesmo assim, questões morais facilmente discutidas em uma situação dessas são deixadas de lado ou estratificadas, sem debate.

Um exemplo é que, quando determinado personagem abandona outro à própria sorte em um primeiro incidente, ele é condenado por seu egoísmo, também apresentado em outra ocasião. Porém, a verdade é que a vítima naquele caso, também só vai se importar com a sua própria sobrevivência e dos que estão ao seu lado a partir de então.

Da mesma maneira, o protagonista está preocupado apenas em salvar a filha e, com exceção de uma ocasião, não exerce sua profissão em favor dos demais. Compreensível dada a situação; mas não fazer o personagem se questionar em nenhum momento por isso é uma infeliz omissão, assim como do próprio filme em não se importar pelas várias mortes ocorridas em favor do desastre em si.

Em um dos momentos mais sentimentalistas do longa, quando os fantasmas do passado são realmente colocados à tona, uma cena que tinha o potencial de ser a mais emocionante se perde em um texto fraco e na falta de verdade transmitida por Johnson e Gugino no instante em que as dores paternas/maternas de seus personagens são expostas.

De qualquer modo, a dupla tem carisma suficiente para agradar parte do público, sendo que outra, provavelmente, ficará ligada na boa química criada no núcleo jovem, com Daddario, Johnstone-Burt e Parkinson. Desperdiçado, Paul Giamatti se esforça e faz o melhor que pode com o arquétipo de cientista que lhe é dado.

Contudo, essa é aquela produção na qual o que “importa” são as sensações mais superficiais e os efeitos de vários prédios caindo, da terra ondulando, entre outros desdobramentos gigantescos capazes de tal entretenimento.

O 3D não é necessariamente indispensável, mas tem boa profundidade, e a experiência em 4D, para quem esteja disposto a desembolsar um valor maior para o ingresso, garante diversão e surpresas a mais para um filme-desastre que traz tudo aquilo que se espera dele, com direito àquela visão patriótica clássica com a bandeira dos Estados Unidos intacta após toda a destruição.

Entretanto, a imagem mais significativa em “Terremoto” é a do famoso letreiro de Hollywood indo abaixo, letra por letra. Sintomático, talvez. (Nayara Reynaud/Reuters)

Confira o trailer do filme:

Confira a galeria de fotos do filme:

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